Capítulo 36

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- Lu, falaram alguma coisa da gente? - perguntou receosa.
- Não vou mentir. Falaram sim, disseram que a gente estava ficando de novo. - ri fraco - Mas não se preocupa, a Arleyde já sabe de tudo e achou bem você aparecer por estes dias.
- E se eu tivesse negado? - segurou um riso e apertei sua coxa nua.
- Eu fazia de tudo para você dizer que sim. - me aproximei e colei nossos lábios.
- Logo mais já vamos andar na boca do mundo porque com certeza alguém vai fotografar a gente aqui. - falou com respiração pesada.
- "Deixa o povo falar, que é que tem, eu quero ser lembrado com você, isso não é problema de ninguém". - cantarolei e ela riu.
- Você sempre jogando baixo.

Terminámos de jantar e o garçom trouxe o cardápio da sobremesa. Maria Clara olhava dele para mim.

- Que foi?
- O que eu quero tem aqui, mas não quero o que tem aqui.
- Não entendi. - ri e ela me olhou travessa.
- Eu quero Luan Santana, mas não o doce. - me confessou baixo e ri com a safadeza dela.
- Nossa. - ri sem parar e ela me bateu de leve. - Me desculpa, eu realmente também prefiro que você coma este aqui. - apontei para mim - Do que esse aí do cardápio.
- Então do que está á espera, pede a conta e vamos pro meu apê. - falou rápido e me surpreendi com o seu desejo.
- Você é sempre assim? Adoro. - festejei e ela me deu língua.

Paguei a conta e saímos rumo ao apartamento dela que pelo que pude observar já estava um pouco mais arrumado do que na última vez.

- Já está tudo ficando pronto?
- Não, ainda falta pintar a parede dali da sala e do meu quarto.
- A gente pode fazer isso junto. - sugeri e ela me olhou pensativa.
- Eu ia contratar uma pessoa mas acho que será bem mais divertido contigo. - me abraçou e envolveu meus lábios nos seus.

Terminámos a noite do nosso jeito e embora houvesse sentimento em algumas das outras vezes, hoje houve muito sentimento. Não transamos, fizemos amor e era tão gostoso estar assim com alguém. Adormecemos após o segundo round, cansados e abraçados. Como ela não tinha nada para comer, dei um pulo até minha casa e fiz uma mochila pequena com poucas roupas e uma cesta com café da manhã. Tomei um banho e quando desci minha família estava reunida na sala tomando o café.

- Bom dia. - todos me olharam surpresos.
- Já acordado? Senta pra comer com a gente.
- Não quero mamusca, e eu dormi muito bem mas não aqui. - Bruna riu baixo e a belisquei disfarçadamente. - Só vim pegar algumas coisas e tomar um banho e já estou indo.
- Namorada meu filho? - meu pai indagou esperto.
- Não queira saber de mais pai. - brinquei e ele riu.
- Quem é a sortuda?
- Até já imagino. - mamusca falou.
- Família até logo. - não deixei continuarem a conversa e saí rindo.

Cheguei rápido ao apê, o fato de ser perto era bom demais. Como não tinha levado chave toquei na campainha.

- Nossa, pensei que tivesse me abandonado. - me abraçou com aquela carinha de sono e o cabelo bagunçado enrolada no lençol.
- Acha que eu faria isso sua dramática? - a levei para o sofá e deixei minhas malas ali no canto. - Você estava dormindo e só dei um salto a casa para pegar umas roupas e uma comidinha pra gente. Pensei em passarmos a tarde aqui namorando.
- Hum, acho uma ótima ideia. Vamos comer então que eu estou morrendo de fome.
- Sempre está.- zoei e ela me olhou brava.
- Vai brincando seu gordinho saliente.
- "E moleque pra frente" - continuei com a graça e ela veio pra me bater mas corri dela que embrulhada no lençol ria correndo atrás de mim pela casa até tropeçar e cair no chão me fazendo rir. - Caiu como um sapo amor. - não conseguia parar de rir, era muito engraçado mas quando a olhei ela não estava irritada, apenas sorria doce para mim. - Que foi?
- Você... - falou meiga e se levantou vindo me abraçar - Me chamou de amor. - só então percebi.
- E é verdade, você é meu amor. - ela riu fraco e me beijou. - A fome passou?
- De você nunca passa.
- Safada. - rimos.
- Mas tô com fome de comida sim. -  peguei na cesta e fomos pra a cozinha.

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