Capítulo 76

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- Parabéns por isso. – respondeu com um sorriso fraco. – Vamos começar a aula.
- Acho que estou perdendo alguma coisa. – sussurrei para Maria Clara
- O quê?
- É o que dá namorar uma mulher bonita que nem você. – ela me olhou confusa mas sorriu de canto acariciando meu rosto.

A aula terminou e assim que me levantei uma galera se reuniu para me pedir foto. Atendi a todos e quando estava terminando vi Clara conversando com aquele professorzinho. Eles riam de alguma coisa e tirei o resto das fotos apressado. Quando terminei chamei Clara. Entrelacei nossas mãos e saímos.

- Está preparado para sair para os corredores onde a galera está reunida no intervalo?
- Temos outra solução?
- Ir para a sala da próxima aula.
- Hum, me agrada. – a abracei pela cintura e seguimos.

A sala estava vazio e desta vez puxei Clara para a última fileira, mesmo a contra gosto, ela aceitou. Nos sentamos e a beijei, estava com saudade dela e aquela manhã grudados estava sendo melhor do que imaginei.

- Amor o que aquele cara queria? – perguntei espalhando beijos pelo seu rosto.
- Ele veio me falar que a sobrinha dele queria fazer balé.
- Como ele sabe que você dança? – a encarei.
- Ele viu os cartazes que espalhei por aqui.
- Hum, e isso é motivo de riso? – retornei aos beijos, desta vez em seu pescoço a ouvindo ofegar.
- A gente estava rindo de outra coisa.
- Do quê? – marquei seu pescoço e ela grunhiu.
- De você e da sua ousadia. – riu baixo.
- Sou motivo pra riso agora?
- Claro que não. - me parou me olhando. – O professor apenas ficou admirado com isso.
- Hum, ele fala muito com você? Durante e no final das aulas?
- Ás vezes.
- Ele nunca tentou nada né?
- Você está pensando que...- riu – Claro que não amor, pelo menos nunca percebi nada.
- Já eu percebi tudo.
- Como assim?
- Ele ficou puto quando soube do nosso noivado e olhava torto pra gente quando eu descansava minha mão em sua coxa.
- Você está vendo coisa.
- Veremos. – parti para um beijo avassalador.

Saímos da faculdade e Clara pediu para almoçar em casa dos pais. Seu Carlos estava melhorzinho mas em repouso. Uma enfermeira estava tomando conta dele ajudando D. Giovanna que continuava trabalhando.

- Filha ainda bem que correu tudo bem.
- Já passou mãe. – a abraçou.
- Eu senti que algo estava errado, ainda bem que o Luan estava junto e foi atrás.
-É. – sorriu pra mim - Mãe, o que o pai teve pode ser frequente?
- Não, foi algo pontual, provocado por algo que sonhou ou assim. Talvez ele já tivesse pressentido algo com você.

Clara decidiu almoçar no quarto com o pai, enquanto fiquei com Hugo e D. Giovanna na cozinha. Minha irmã se mudaria para ali na próxima semana e já sabia que quando fosse na mamusca ela iria choramingar. Ri com meu pensamento. Passámos nos meus pais para pegar Cecília. Assim que nos viu ela correu, ai que saudade da minha moleca.

- Você se portou bem? – perguntei enquanto a abraçava.
- Sim papai, estava com tanta saudade. Porque não veio me buscar ontem?
- Aconteceram umas coisas e não deu filha.
- Mamãe a vó Zete me ensinou como fazer um bolo. – pediu o colo a Clara.
- Bolo de quê?
- De chocolate.
- Hum, então depois você ensina a mamãe pra gente fazer.

Minha mãe já sabia de tudo do sequestro e depois de lhe garantir que estava tudo bem e de ela ver que Maria Clara estava bem melhor, ficou tranquila. Como esperado choramingou quando falou de Bruna, mas era coisa de mãe.

- Mas eu tenho uma novidade pra senhora.
- Espero que boa.
- Muito boa, vou ficar mais perto de você.
- Vocês vem morar aqui? – indagou empolgada.
- Não mamusca, a gente vai comprar uma casa aqui no condomínio.
- Não escolhe muito longe filho, escolhe uma nesta rua por favor.
- Pode deixar Mari, a gente vai escolher a que ficar mais perto. – Clara garantiu.

Opostos, completos || LSWhere stories live. Discover now