Capítulo 74

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Luan On:

Me coloquei na frente de Clarinha que apertou forte minha mão. Não era este o cenário que queria encontrar nesta noite. Apenas relaxar com ela e fazê-la esquecer de tudo que a preocupava ultimamente.

- Nossa, quanto tempo. Sabia que vocês estariam juntos, porque para você a defender daquela maneira acabando com a minha vida só poderia significar alguma coisa.
- Achei que você estaria na pior. – falei sério e frio.
- E estava, mas tenho bons contatos e algumas pessoas me deviam favores, corri atrás deles. Aliás, correrei atrás de vocês também, não para cobrar favores, mas para me vingar. – meus músculos ficaram tensos e me movi para o socar mas Clara me segurou.
- Não vai conseguir, faça o que fizer, você nunca irá nos prejudicar. – rosnei para Paulo que mantinha um sorriso cínico no rosto.
- Se eu fosse você não falava com tanta certeza. Já estive prestes a tocar nessa belezinha aí. – Acenou para Clara - Não será muito difícil numa próxima. – meu sangue ferveu e o agarrei pelo colarinho da camisa que usava.
- Não seria nem doido em tocar um dedo sequer nela.
- Luan, deixa ele, ambos sabemos que ele não me irá tocar nunca. – falou com a sua voz doce e o soltei de repente o vendo cambalear um pouco.
- Já acabei com você uma vez, não me pouparei para acabar de novo. – ameacei e puxei Clara para o bar.

Pedi algo forte e tomei em um só gole. Olhei Clara e ela me olhava com algum medo. Sei que ela mesmo não falando mais da situação da agência, nunca esqueceu e era notório o receio em seus olhos. A puxei para o meu peito e a abracei depositando um beijo em sua cabeça.

- Vamos esquecer tudo isto, ele não fará nada. – garanti.
- Me faz esquecer apenas. – me suplicou olhando em meus olhos.
- Me dê uma garrafa do melhor champanhe. – pedi imediatamente ao barman e Clara sorriu de canto.
- Nada melhor que relembrar um dos melhores momentos da nossa vida para esquecer um dos piores. – expliquei e ela me beijou passando as suas mãos para o meu cabelo. Pouco me importava se ela o desgrenhava, o que eu queria era senti-la perto de mim, o mais perto possível.
- Eu te amo.

Voltámos pra casa mais alegres do que sóbrios, com calma consegui trazer o carro enquanto Clara conversava sem pausa e ria de tudo. Ela estava bebinha, mas não estava com sono ainda. Assim que fechei a porta de casa ela me olhou sedutora me puxando para um beijo feroz. Senti a necessidade nos seus gestos, as suas mãos passeavam freneticamente entre meus ombros e costas. Tirei a sua roupa enquanto ela desapertava com dificuldade os botões da minha camisa. A deitei no sofá e não consegui esperar, logo a penetrei a sentindo sempre tão preparada pra mim. Os seus gemidos saíram incontroláveis me deixando ainda mais excitado. Mordi seu seio e o marquei, assim como seu pescoço e ombro, ela não iria esquecer desta transa nos próximos dias e quem visse saberia que ela era apenas minha como sempre foi.

Dois meses depois...

O tempo passava rápido demais. Passei meu aniversário apenas com minha família e amigos próximos em casa e viajei com Clara e Cecília para Balneário Camboriú nos meus três dias de folga. A academia de Clara já estava a funcionar há uma semana, conseguimos apressar tudo que era necessário e ela estava super feliz. Os preparativos para o casamento estão ás mil maravilhas e estou ansioso demais para esse dia chegar. Voltava de mais uma semana de shows para casa, agora oficialmente minha também, depois de me mudar definitivamente no mês passado.

- Amor. – chamei na esperança de que ela estivesse em casa.

Não obtive resposta, deixei as malas na sala e fui procurar no lugar onde tenho certeza que tanto ela como nossa filha estavam. Assim que abri a porta da academia as vi dançando concentradas não reparando no momento em que entrei. Mas a minha felicidade por as ver foi abalada quando vi Marcos ali no sofá as observando. Mas que porra é esta? Fiz questão de bater a porta atraindo a atenção de todos.

Opostos, completos || LSOnde histórias criam vida. Descubra agora