Capítulo 66

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Bati a porta com toda a força a fazendo soltar a camiseta e me olhar assustada. A fuzilei a querendo matar e estava bem capaz disso.

- Ma eu...
- Você nada sua vagabunda. - falei entre dentes me aproximando dela a vendo se encolher - Eu logo vi que você estava de olho no que é meu. Te conheço.
- Eu apenas vim buscar um elástico de cabelo, a tia me disse que você tinha. - se desculpou e ri sarcástica.
- Acha que eu acredito? Se fosse isso procuraria nas minhas coisas não nas do Luan. Você poderia ter feito qualquer coisa para me irritar mas mexer com o Luan para isso foi um grande erro seu.

Acabei de falar e a puxei pelos cabelos, eu iria acabar com ela. Lhe dei uns tapas bem merecidos ouvindo os seus gritos. Mas isso só me faria continuar cada vez mais. Ela começou a se defender e me atacar também mas a minha raiva era tanta que a derrubei no chão ficando por cima enquanto atingia a sua carinha de cínica.

- Agora vê se aprende a não cobiçar o que é dos outros sua piriguete. Toma para você ver o que é bom. - lhe batia desenfreadamente e a porta se abriu com tudo.
- Larica pára com isso, o que aconteceu aqui? - Hugo entrou me puxando.
- Me larga, essa vaca merece tudo isso.
- As coisas não se resolvem desse jeito. - me falou firme e me puxou finalmente de cima dela. Vendo a cara da Raquel toda arranhada sangrando e com os cabelos todos bagunçados e arrancados me fez rir pelo bom serviço que tinha feito.
- Agora te quero bem longe do que é meu tá me ouvindo?
- Hugo a sua irmã é louca, me bateu sem motivo. - se fez de cínica dando conta dos machucados que lhe fiz.
- Sem motivo? Mexer e cheirar a camiseta do meu noivo acho que é um motivo mais do que suficiente. - grunhi de raiva e Hugo me segurava forte. - Me larga Hugo.
- Raquel vai no meu quarto e cuida dessas feridas e se recompõe, já já eu passo lá. - ela saiu rápido e Hugo me largou.
- Larica o que deu em você? Ela é sua prima.
- Por isso mesmo, queria ver o que você faria se apanhasse um primo nosso cheirando as coisas da sua namorada sendo que já tinha ficado com ela e ontem se deixou agarrar por ela porque confundiu ele com você.
- Ah? Não estou entendendo.
- A Raquel e o Luan já ficaram quando a gente estava separado e ontem o Luan agarrou-a por trás pensando ser eu e ela nem se soltou, apenas quando eu chamei o Luan e ele deu conta. - bufei com raiva.
- E você viu ela cheirando a roupa do Luan?
- Vi, esta camiseta aqui. - a peguei de cima da cama.
- Eu compreendo a sua fúria mas não era preciso bater na menina, estamos em família e se a música não tivesse alta todo o mundo ouviria essa baixaria.
- Seria até melhor se ouvissem, saberiam da vagabunda que ela é.
- Se acalma.

Saiu e me deixou sozinha. Passei uma água na cara e bebi um pouco de água me acalmando. Mas não estava calma totalmente, sentia meu sangue fervilhar e meu corpo tremer constantemente. Desci e passei na geladeira pegando numa lata de cerveja. A bebi rapidamente e peguei em outra indo para perto de Luan. Assim que cheguei na área da churrasqueira ele estava virando as carnes todo feliz enquanto falava com meu pai sobre os truques do churrasco. O abracei por trás e ele sorriu.

- Pai deixa seu genro namorar um bocadinho com a sua filha? - pedi manhosa.
- Oh amor está carente é? - me zoou.
- Preciso de você apenas Lu. - o olhei séria tentando que ele percebesse que tinha algo para lhe contar.
- Vai lá Luan, eu e seu pai cuidámos do resto. Só não demorem, daqui a nada almoçámos.

Puxei Luan e o levei para uma zona do jardim onde não tinha movimento. Nos sentamos na grama e ele me olhava curioso. Fiquei entre as suas pernas e o abracei forte.

- Eu te amo. - lhe confessei e ele me beijou calmo.
- Você está tensa amor. - acariciou meu rosto. - Que aconteceu hein?
- Eu dei uma surra na Raquel. - contei rápido e ele semicerrou os olhos não acreditando.
- Você o quê? Quando foi isso? Porquê? - fez perguntas desesperado.
- Eu bati nela Luan. Você pediu para pegar o seu celular, que aliás esqueci, e ela estava no meu quarto cheirando uma camiseta sua. - ele não disse nada e fiquei ainda mais tensa.
- E você resolveu bater nela?
- Ela merecia. - falei firme.
- Porque você fez isso?
- Como porquê? Ela estava mexendo nas suas coisas, acho que tinha motivo para a quebrar toda e só não o fiz porque o Hugo apareceu. A Raquel é uma piranha, sempre soube disso, mas achava que ela tinha o mínimo de respeito por mim. - me exaltei.
- Tem calma. Só não gosto de saber que você anda brigando feio assim. E se ela te machucava?
- Pode apostar que ela é que ficou bem machucada. - ri me lembrando.
- Você é mázinha. - brincou e o olhei feio.
- Brinca. Só estou cuidando do que é meu.
- Ah é? Mas a camiseta é minha.
- Tudo que é seu é meu, ela quis mexer com você mas se ferrou.
- Ciumentinha. - beijou meu rosto - Por isso está bebendo de novo? - pegou na minha latinha a colocando num canto qualquer.
- Também. - me virei para ele e me sentei em seu colo de frente para ele - Agora me beija, devolve a minha paz. - ele sorriu doce e me pegou pela nuca me juntando a si.

Opostos, completos || LSWhere stories live. Discover now