Capítulo 60

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Não respondi e peguei no sono. A semana passou rápida e estava na estrada há uma hora com Marcos a caminho do rancho de seus pais. Esta semana serviria para fortalecer o nossos laços e ficarmos longe de tudo que nos preocupa. Seríamos apenas nós dois. A casa era bem rústica e linda demais. Um rio passava ali perto e o campo que rodeava a casa era enorme. Tudo estava limpo e a cozinha ficaria por nossa conta. Viveríamos como um casal novamente como acontecia na Áustria.


- O que quer fazer? - me perguntou após o almoço enquanto descansávamos na rede.
- Não sei, me diz você. Não sei o que tem de bom pra se fazer aqui.
- Quer andar a cavalo?
- Isto está mais pra fazenda. - ele riu.
- Há uma fazenda aqui perto de uns amigos da família. - me explicou.
- Ah então pode ser, nunca andei, mas seria legal.

Passámos a tarde toda andando a cavalo, quando lhe peguei o jeito não queria outra coisa. Descobrir a natureza por ali me fazia um bem imenso e Marcos parecia bem mais seguro de si. No decorrer dos dias fizemos bastantes coisas, nadámos no rio e a meu pedido transamos lá. Marcos era meio certinho nessas coisas mas o convenci. Também vimos diversos filmes e ficámos conhecendo melhor um ao outro.

- Está acabando.
- Mas ainda temos um dia, o que você quer fazer para terminar em beleza?
- Podemos fazer um piquenique. - sugeri e ele sorriu de canto.
- Podemos e podemos terminar nadando no rio de novo... ou fazendo outras coisas. - me sussurrou com segundas intenções.
- Safado, me agradece por te mostrar coisas novas.
- Estamos quites. - selou nossos lábios e fomos preparar a nossa cestinha.

A tarde estava maravilhosa e por incrível que pareça não tive tempo de pensar sequer na minha maior dor de cabeça - Luan. Seria um sinal de que o estava esquecendo? Tomara, ou talvez não. Estava tão confusa.

- Amei a nossa semana e descobri que amo ainda mais você.
- Porque isso? - perguntei sem jeito.
- Você é incrível, nunca na vida iria pensar que conheceria alguém assim.
- Já te falei o mesmo. - descansei minha cabeça em seu ombro.

Chegámos em Sampa de madrugada e Marcos dormiu lá em casa. Acordámos super tarde e como na semana anterior decidimos caminhar um pouco pelo jardim encontrando Bruna que passeava Puff enquanto fazia seu exercício físico.

- Cunha. - me abraçou - Oi Marcos.
- Oi Bruna.
- Como foi essa semana longe de tudo? Nem pra dar invejar postando fotos você foi capaz.
- Não tinha internet lá. - justifiquei.
- Minha mãe me mandou te chamar pra jantar lá em casa.
- Não sei se será uma boa ideia. - olhei Marcos e novamente para ela.
- Ele está viajando e só volta daqui um ou dois dias, vai lá hoje por favor. - me suplicava. - Você também Marcos, venham os dois.
- Algum problema? - perguntei, queria saber a sua opinião.
- Não, você não pode deixar de ver quem sempre te tratou bem por causa de outras pessoas que não te trataram da mesma maneira.
- Nós vamos.
- Hoje pelas 20h, não esquece. - me deu um beijo rápido e saiu correndo.
- Tem mesmo certeza?
- Tenho, ele não vai estar lá, nada vai dar errado.

Tomámos um banho juntos e depois de Marcos sair fiquei terminando. Fiz meu cabelo e minha make e uma hora depois me vesti.




Marcos deu a ideia de levar sobremesa e ele mesmo preparou uma rápida assim que chegámos em casa da nossa caminhada. Chegámos em casa da Mari um pouco antes da hora e confirmámos que Luan não estaria ali para alívio de Marcos.

- É um gosto te ter de novo aqui.
- Obrigada Amarildo, por nos receberem e por me tratarem assim.
- Serás sempre bem vinda Clara.
- A Cecília está aí?
- Terminando de se arrumar com a Bruna, seu irmão também vem.
- Que ótimo. - fiquei conversando com eles bastante tempo até Cecília descer ainda com o seu braço engessado.
- Quando vai tirar isso?
- Daqui uma semana, você ainda não desenhou Ma. - correu para pegar uma caneta me dando.
- Você já está cansada de andar com isto né?
- É. - riu fraco - Mas tem de ser.
- Aprendeu a andar na bicicleta ou nem por isso?
- Apendi, papai tinha ensinado antes, só estava me ajudando e caímos.
- Agora não pode viajar com ele.
- Pois não. - fez biquinho - Mas ele volta em beve.
- E o balé como anda?
- Agola não posso, mas está indo bem, cê tem de ir comigo.
- Eu vou.
- Você será uma mãe incrível amor. - Marcos falou por fim me deixando sem graça.
- Veremos.
- Vamos jantar? O Hugo parece que acabou de chegar.

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