Capítulo 67

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Capítulo 67
Comecei fazendo as malas e Luan me ajudava escolhendo algumas roupas do closet. Cecília brincava com o urso enorme enquanto assistia desenho.

- Amor que caixa é esta?
- É...- o olhei e a peguei a abrindo – As suas coisas.
- Você não jogou no lixo? – sorriu de canto.
- Não, você poderia querer né?
- É esse mesmo o motivo? Ou você não conseguia se desfazer de tudo que se relacionasse a mim?
- Não sei, eu no momento só não queria nada que me fizesse lembrar você. O urso que é grande demais para guardar.
- Você acreditava que a gente voltaria né? – acariciou meu rosto.
- No fundo eu acreditava sim, tudo que queria era acordar daquele pesadelo.
- Já acordou e agora é hora de viver o nosso sonho. Estou doido pra me casar com você e viver aqui.
- Mal posso esperar. – me deu um selinho e continuei arrumando.

No dia anterior á viagem Luan me levou para casa dele, já que sairíamos pela manhã, o meu irmão fez o mesmo, visto que meus pais não iriam por trabalho, assim como a galera do Paraná que ficaria em casa de Luan também. Jantei com a sua família e Luan e Amarildo eram os únicos que sabiam para onde iríamos. Depois de tomar um banho fiquei com Ceci vendo TV enquanto Luan se banhava.

- Amorzinho do papai vamos pra sua caminha? – Luan saiu do banheiro já com cueca e camiseta.
- Ah papai mas quando tu tá em casa eu dumo sempe aqui.
- Mas a mamãe vai dormir com o papai.
- E eu num posso? – olhava confusa para Luan.
- Amor deixa ela dormir com a gente, a cama é grande o suficiente e lá no apê também já dormimos.
- Pois é papai, mamãe tem razão.
- Amor não dá força. – Luan me olhou e percebi que ele queria algo mais.
- Entendi, mas amanhã acordámos cedo, está fora de questão rolar alguma coisa.
- Uma rapidinha.
- Que é isso papai?
- Luan para de falar essas coisas na frente na menina.
- Não falei nada demais.
- Esquece isso e vem deitar. – a contra gosto se deitou e Cecília já estava cansadinha, então me abraçou pelo pescoço enquanto mexia no meu cabelo.
- Vai dormir filha? – Luan indagou.
- Shii. – Ceci falou baixo sonolenta.
- Antes você abraçava o papai pra dormir, agora só quer a mamãe. – fez manha e ri baixo.
- Papai tá com ciúme filha. – lhe sussurrei e ela riu de olhinhos fechados.
- O cabelo da mamãe é mais gotoso.
- O quê Cecília Santana? Eu não mereço isto, gasto mó tempo a arrumar o cabelo e a cuidar pa depois a minha filha me esnobar. – fez drama.
- Me abaça papai, assim abaça as suas pincesas. – falou dengosa e Luan riu doce.
- Gostei mais assim. – falou desligando a tv e as luzes nos abraçando em seguida – Amo vocês.
- Te amamos. – respondi ao mesmo tempo que Ceci.

Acordamos ás 7h da manhã e enquanto Cecília estava na preguicinha abraçada a Luan que era outro preguiça eu me arrumei e fechei a minha mala. Luan logo se levantou com a pequena e a arrumei. Descemos para tomar o café e Bruna estava de óculos escuros.

- Não dormiu cunha?
- Mal.
- Que foi hein? Meu irmão não te deu sossego? – zoei pagando na mesma moeda.
- Larica olha o que você fala, não sou como você.
- Me engana irmãozinho.
- Amor a Bruna é assim mesmo quando vai viajar, fica com insónia e ansiedade. – Luan explicou.
- Ainda bem que você não é assim.
- Ainda bem né? Dormimos feito anjos.
- Parem de me dar inveja. – Bruna resmungou.

Luan On:

Antes das férias pedi ao meu advogado para dar entrada nos papéis de paternidade para que Maria Clara fosse oficialmente mãe da Cecília, ela não sabia que estava em andamento, seria surpresa para quando a gente voltasse. No aero todos me importunavam para saber o destino. Quando a galera toda chegou avisei antes de distribuir as passagens para efetuarem o check-in.

- Pi fala de uma vez. – Bruna suplicou cansada.
- Vão ser dois destinos. Primeiro passaremos uma semana e meia nas Maldivas.
- Onde?
- Cê ouviu Piroca.
- Ai Deus, lá é um paraíso. – falou boquiaberta – Adeus branquelos, só volto morena.
- Mas ainda não acabou, depois passaremos mais uma semana e meia na Tailândia, tem praias maravilhosas também e além de tudo tem cultura e tradições pra gente conhecer.
- Are baba. – Bia falou nos fazendo rir.
- Isso é Indiano rapariga. – Clarinha a corrigiu.
- Não importa, é tudo oriental mesmo.

Opostos, completos || LSWhere stories live. Discover now