Jujutsu Kaisen- O segundo demônio. (Megumi Fushiguro.) FINALIZADA!

Página 96. Entre dois.

Haru está sentada na mesa da cozinha olhando o caderno de desenhos e girando uma coleção verde na mão.

> Lembrança.<

Tarde de um final de semana, Haruka está sentada na grama do lado esquerdo da escola com o caderno entre as pernas e os pensamentos na primeira maldição de nível especial que derrotou, Kazuki, onde seus olhos ficaram azuis.

— Oi! — Megumi se curva em sua frente e coloca o rosto na frente do dela que pisca rápido. — Por que está aqui sozinha?

— Ah... É... Eu só... — Esfrega a nuca e ele se endireita. — Só queria ficar um pouco sozinha.

— Nesse caso eu vou embora.

— Não, não, fica. — Se vira e ele que estava apontando pra trás para. — Como foi a missão?

— Moleza. — Senta a seu lado. — Itadori e Yoshino são uma boa dupla.

— Eles são. — Sorri.

— Ah eu trouxe isso pra você. — Tira uma caixa de coleção de dentro da jaqueta. — São todos os tons de verde que existem. — Move os olhos. — Foi o que o vendedor disse, mas acho que não é verdade.

— Comprou isso pra mim?

— Comprei. — Lhe entrega. — É sua cor favorita não é? — Ergue as sobrancelhas. — Se não for eu vou enterrar minha cabeça na grama.

— Não, eu... — Sorri ainda mais. — Eu adorei, obrigado.

— De nada.

— Como sabia que eu gosto de verde?

— Sempre tem algo verde em tudo que você desenha, até quando tá fora de contexto. — Aponta pra seu caderno e ela vê o desenho de uma bola de energia amaldiçoada, só que atrás tem grama e flores em tons de verde claro. — Eu torci pra estar certo.

— Você notou! — Abaixa a cabeça.

— Claro que sim, convivemos há meses. — Cruza as pernas em borboleta e ela o olha. — É o normal não é?

— Acho que sim.

— Por que veio pra cá? Tá pensando no espírito amaldiçoado ou na luta do Sukuna com a Lillith?

— Eu não lembro da luta do Sukuna com a Lillith, só sei o que vocês me contaram. — Franze o cenho e ele coça a nuca pensando no beijo que recebeu da rainha da tormenta. — Mas tem uma coisa me incomodando.

— As cicatrizes no pescoço? — Olha e ela toca as cicatrizes das unhas do Sukuna. — São quase imperceptíveis, você não precisa se preocupar com isso.

— Não me preocupo. — Suspira e abaixa a mão. — São como as do meu braço, não tenho vergonha delas.

— Então o que foi?

— É meio constrangedor de dizer. — Olha pro outro lado ficando vermelha e ele segura sua mão. — Hã?

— Você pode me contar qualquer coisa. — Também fica levemente corado. — Que foi?

— Lillith falou sobre o fio vermelho do destino nos ligando, como se ela visse que existe, embora eu saiba que é só uma lenda boba isso mexeu comigo. — Franze o cenho e ele abaixa a cabeça. — Claro que nem sempre é sobre romance, amigos também estão ligados pelo destino e isso é até mais comum só que-

— Acha que é por isso? — A olha e ela pisca rápido. — Estamos ligados pelo destino por que somos amigos?

— Inimigos é que não somos.