Página 4. Escola Jujutsu.

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- Eu queria poder dizer que será indolor. - Samarun fecha a torneira da banheira. - Mas não será.

- E qual o nível de dor? - Haru segura no balcão do banheiro. - É como um beliscão, ou... - Move os olhos. - Um osso quebrado?

- É melhor você não saber. - Estende a mão.

- Tem razão. - Segura sua mão e vai até ela.

- Tire a roupa e afunde na banheira. - Se afasta e Haru obedece. - Tente se manter o mais quieta possível. - Pega uma adaga de cabo vermelho.

- Certo. - Engole seco e observa a mãe cortar a mão. - Poxa!

- Afunde! - Solta a adaga e espalha o sangue nas mãos, Haruka afunda e a observa pela ondulação da água. - Expansão de domínio. - Encolhe os dedos anelares e junta as mãos, então um domo vermelho cobre toda a casa. - Sora no keimusho. (Prisão vazia.)

O espaço dentro do domo é negro e cheio de portas, todas trancadas de várias formas, como cadeados, faixas, grades, tábuas, fechadura normal e correntes. Cada uma representando um tipo de selamento mais forte que o outro.

Haru pisca os olhos, vendo o sangue de sua mãe pingar e se expandir, tornando a água mais densa, espessa e escura, fazendo-a sufocar.

- Noroi no yokusei, (supressão de maldição.) - Samarun estica os dedos anelares e o sangue na banheira começa a circular.

- Ah... - Haru arregala os olhos e se debate, sentindo o sangue invadir seu corpo pela pele, ouvidos, nariz e boca.

- Calma! - A segura no fundo da banheira. - Para, para, Haru! - Mantém firme enquanto ela se debate. - Já vai acabar, calma!

- AAAAAAAAH... - Lillith assume o corpo. - Vagabunda! - Acerta o braço em Samarun, a jogando do outro lado do banheiro, destruindo o armário de toalhas.

- Urgh... - Cai de bruços e fecha os punhos.

- S-sua... - Sai da banheira e cai no chão. - E-eu não vou... P-permitir! - Levanta a mão. - Ah! - Desmaia.

- Argh... - Haru cospe sangue ao assumir o corpo de volta e novamente, desmaia.

- H-Haruka! - Levanta com dificuldade. - Aquela vaca satânica. - Manca até a filha e toca seu rosto. - Desculpa, gatinha! - A expansão se parte e ela coloca a filha de volta na banheira. - Pelo menos deu certo. - Liga o chuveiro e começa a lavar o sangue.

...

- Samarun... - Satoru volta pra casa e deixa os sapatos na entrada. - Eu trouxe comida, cadê você? - Entra e a encontra limpando o chão do banheiro. - O que houve? - Coloca as sacolas na mesa e vai até ela. - Está chorando?

- Não! - Funga. - Obrigada por trazer comida, ela vai está faminta quando acordar.

- Por que está chorando? - Se abaixa a seu lado e a faz parar de esfregar o sangue. - Seu braço está roxo!

- Lillith tentou resistir. - Ri. - Fazia tempo que ninguém me acertava daquele jeito.

- Não é por isso que está chorando, é?

- A sensação desse selamento, é de todos os ossos sendo quebrados ao mesmo tempo. - Joga o pano no balde. - Eu praticamente joguei minha filha de um prédio de 15 andares.

- Sinto muito. - A abraça. - Mas veja o lado bom, deu certo! - Ela encosta a cabeça em seu peito. - Ela vai ficar bem.

- A Haruka sempre foi tão independente. - Faz bico. - Além de ser responsável e obediente, acabei esquecendo que ela ainda é só uma menina. - Fecha os olhos. - Se eu tivesse contado a verdade antes, ou se fosse mais presente--

Jujutsu Kaisen- O segundo demônio. (Megumi Fushiguro.) FINALIZADA!Where stories live. Discover now