Página 1. Tudo pela arte.

2.3K 200 195
                                    

Domingo de manhã.

Samarun e Haruka estão na cozinha fazendo café da manhã, enquanto a TV está ligada nas notícias, como de costume.

- Mãe, eu preciso de ajuda numa coisa. - Haruka fala enquanto corta os legumes.

- O que foi, gatinha? - Samarun pergunta enquanto move o arroz da panela pra tigela.

- O estilo de pintura que a professora de artes me deu, foi de conto. - Solta a faca e se vira. - Eu até já criei uma história, mas preciso de alguma coisa pra dar o ponta pé inicial da pintura.

- E? - Pega os legumes cortados e coloca na panela de curry.

- Será que você não tem nada das suas expedições pra me emprestar?

- Gatinha, você sabe que as relíquias das expedições vão pro Museu. - Começa a guardar os temperos. - Mesmo que eu quisesse, não poderia te emprestar.

- Eu sei, mas não precisa ser valioso. - Encosta no balcão. - Você fica com as antiguidades banais, não fica?

- Bom... - Move os olhos. - Acho que essas não têm problema.

- Mesmo?

- Sim. - Sorri. - Estão no porão, embaixo da estante--

- Ah... - A abraça. - Obrigada, eu te amo. - Solta e vai correndo pro porão.

- NÃO TOQUE NA CAIXA DO ALTO! - Se inclina. - HARUKA?

- Eu ouvi. - Responde já abrindo a porta do porão. - Não tocar na caixa do alto da estante. - Ascende a luz e desce as escadas.

...

Haru vai até a estante, nas portas de baixo à duas caixas grandes, ela puxa a primeira que é muito pesada, então começa a procurar e acha inúmeros totens, copos antigos, pratos e pedaços de tecidos se deteriorando.

- Eu não entendo a minha mãe... - Observa o espelho quebrado. - Por que guardar isso? - Franze o cenho e coloca no lugar. - Não vai servir pra ser o objeto que guardará a magia da princesa. - Empurra a caixa pro lugar e puxa a segunda, que não está tão pesada quando a primeira, por isso ao puxar com força, ela cai levantando o objeto que bate na estante antes de atingir o chão. - Argh... - Fecha o olhos e franze o nariz, com os braços esticados segurando a caixa. - Ai!

- HARU! - Samarun grita ao ouvir o barulho da queda. - ESTÁ BEM?

- TÔ BEM, MÃE! - Ri e senta colocando a caixa vazia entre as pernas. - Que desastrada. - Suspira e olha envolta. - Onwt, se ela vir essa bagunça vai ficar brava. - Olha pra cima. - Pelo menos a caixa de cima não caiu. - Fica de joelhos e começa a recolher os objetos do chão. - Pronto, agora onde eu estava? - Franze o cenho ao achar uma caixinha metálica e enferrujada de baixo da estante.

- GATINHA, PROCURA ISSO DEPOIS! - Sua mãe chama mais uma vez. - VEM COMER, JÁ ESTÁ ESFRIANDO!

- JÁ VOU! - Semicerra os olhos observando o objeto. - Será que caiu da caixa de cima? - Olha pra cima, então sacode o objeto e ouve um barulho. - Tem alguma coisa aqui. - Segura dos dois lado e puxa. - Não abre? - Vira a caixa e continua puxando. - Vamos, abre logo porcaria...

- HARU?

- Já vou mãe! - Separa a caixa, guarda as outras coisas e levanta. - Não pense que eu desisti. - Enfia o objeto no bolso e sai do porão.

...

Após tomar café da manhã com a mãe pela primeira vez desde que ela voltou de sua viagem a Malásia, Haru se trancou no ateliê e tentou abrir a caixa.

Jujutsu Kaisen- O segundo demônio. (Megumi Fushiguro.) FINALIZADA!Onde as histórias ganham vida. Descobre agora