Página 93. Medrosa não covarde.

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Todos já estão de volta a casa, Yuuji não sai da frente da janela pois está esperando o retorno do sensei.

— Toma. — Haru lhe entrega uma tigela de lamen. — Você precisa comer.

— Eu já comi.

— Isso foi de manhã, come vai, o Gojo-sensei vai precisar que estejamos todos recuperados e o Megumi também.

— Talvez não. — Abaixa a tigela de lamen. — Tachibana você já pensou no que vai fazer se os outros tiverem razão?

— Sobre o quê?

— Fushiguro estar morto!

— Eu vou te contar uma coisa que aconteceu na minha terceira missão, Megumi e Nobara ainda achavam que você estava morto. — Encosta na janela e ele pega o lamen. — Eu ainda era medrosa e estava apavorada. — Ri coçando a cabeça. — Gojo-sensei nos mandou buscar um objeto amaldiçoado numa antiga fábrica de automóveis.

— Um dedo do Sukuna?

— Não, não era um dedo.

> Lembrança.<

Fushiguro, Nobara e Haru caminham pela trilha na floresta que leva a antiga fábrica de carros que já estava inativa há anos. Haru ainda tem olhos e cabelos escuros e é tão assustada quanto era no início de tudo.

— Tinha que ser noite de lua minguante? — Haru olha ao redor com a lanterna do celular ligada. — Tá muito escuro.

— Relaxa, a gente só vai pegar aquela caixa e vazar. — Nobara balança a mão. — Além do mais, quando voltamos estaremos de folga por uma semana e então teremos tempo pra treinar pro evento de intercâmbio. — Soca a mão. — Eu quero surrar a irmã da Maki.

— Pega leve. — Megumi anda na frente com as mãos nos bolsos. — É só um jogo.

— Você não quer vingança pelo que aquele grandalhão fez? — Coloca as mãos na cintura. — Ele te atropelou tá esquecido?

— Isso não me importa. — Para e olha ao redor. — Vingança é pra gente furiosa.

— Você é muito frio. — Haru murmura e ele a olha. — Desculpa.

— Não é isso. — Continua olhando envolta. — O ar mudou.

— O ar?

— Tem maldições por aqui. — Volta a andar. — Fiquem atentas.

— Que sério. — Nobara o segue. — Tá bancando o gostosão é? Você parece uma batata.

— Espera aí gente. — Haru corre atrás.

Não demora pra que os três cheguem há uma grande construção abandonada, o portão de entrada está tão enferrujado que é impossível de ser aberto a força.

— Como a gente entra? — Nobara segura na grade e faz careta olhando a mão. — Ah que horror.

— Toma cuidado, se acabar se cortando vai precisar de uma antitetanica. — Haru olha pra dentro. — Olha ali. — Aponta e todos olham na direção. — Tem uma sala fechada, talvez tenha uma outra entrada.

— Vou usar o nue. — Megumi junta as mãos.

— Calma Fushiguro-kun. — Segura seu braço. — A cidade fica há uns 3 quilômetros daqui, vamos precisar de uma cortina no caso de alguém vir os shikigamis.

Jujutsu Kaisen- O segundo demônio. (Megumi Fushiguro.) FINALIZADA!Where stories live. Discover now