✨ Capítulo 77 ✨

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— Que é a Ordem da...? .- começou Harry.

— Aqui não, Harry!.- disse Hermione.— Espere até chegarmos lá dentro!.- E, puxando o pedaço de pergaminho da mão de Harry, e colocando no bolso. Harry tornou a examinar as casas. Estavam parados diante do número onze; ele olhou para a esquerda e viu o número dez; para a direita, no entanto, o número era treze.

— Mas onde...?

— Pense no que você acabou de ler.- disse Hermione em voz baixa.

Harry pensou e, mal chegara à menção do número doze da praça, uma porta escalavrada se materializou entre os números onze e treze, e a ela se seguiram paredes sujas e janelas opacas de fuligem. Era como se uma casa extra tivesse se inflado, empurrando as suas vizinhas para os lados. Harry boquiabriu-se. A música no número onze continuava a tocar com força. Aparentemente, os trouxas que estavam ali dentro não haviam percebido nada.

— Vamos, Harry.- Hermione o agarrou e o puxou.

O garoto subiu os degraus de pedra gastos, olhando fixamente para a porta que acabara de aparecer. A tinta preta estava desbotada e cheia de arranhões. A maçaneta de prata tinha a forma de uma serpente enroscada. Não havia buraco de fechadura nem caixa de correio.

Hermione deu uma leve batida na porta. Harry ouviu uma sucessão de ruídos metálicos que lembravam correntes retinindo. A porta abriu rangendo.

— Venha.- disse Hermione sorrindo.- cuidado onde toca.

  Ele entrou, o cheiro de poeira e decomposição se fizeram presente rapidamente. Murmúrios que pareciam vir de algum lugar estavam dando a Harry uma estranha sensação de agouro; era como se tivessem acabado de entrar na casa de um moribundo. Ele ouviu um assobio suave e em seguida candeeiros antiquados, a gás, ganharam vida ao longo das paredes, lançando uma luz tênue e bruxuleante sobre o papel descascado e o tapete puído de um corredor longo e sombrio, em cujo teto refulgia um lustre coberto de teias de aranha e, nas paredes, quadros tortos e escurecidos pelo tempo. Harry ouviu uma coisa correr pelo rodapé. O lustre e os castiçais sobre uma mesa desengonçada ali perto tinham a forma de serpentes.

Ouviram-se passos apressados e a mãe de Rony, a Sra.Weasley, surgiu por uma porta ao fundo do corredor. Exibia um grande sorriso de boas-vindas ao vir ao encontro deles, embora Harry reparasse que estava mais magra e pálida do que da última vez que a vira.

— Ah, Harry, que bom ver você!.- sussurrou ela, puxando-o para um abraço de partir costelas antes de afastá-lo e examiná-lo com um olhar crítico.— Você está parecendo meio doente; está precisando de boa alimentação, mas acho que terá de esperar um pouco pelo jantar.- então, ela olhou para Hermione.— obrigada por traze-lo, Hermione.

— Foi um prazer, Sra.Weasley.- Hermione sorriu.

— Bom, agora, preciso ir, a reunião já começou.- disse Sra.Weasley. Harry fez menção de acompanha-la, mas ela o deteve.— apenas membros Harry.

— Mas...

— Nada de mas, apenas membros. Rony e os outros estão lá encima, levarei você até lá. Ah, fale baixo no corredor.

— Por que?

— Não quero despertar ninguém.

— Que é que a senhora....

— Eu explico despois, agora tenho que correr. Preciso participar da reunião... só vou lhe mostrar onde vai dormir.

Levando o dedo aos lábios, ela o conduziu pé ante pé ao longo da parede coberta por altas cortinas comidas por traças, atrás das quais Harry supôs que houvesse outra porta, e , depois de contornar um enorme porta-guarda-chuvas que parecia ter sido feito com perna de trasgo, eles começaram a subir uma escada escura em que havia cabeças encolhidas montadas sobre placas na parede lateral. Um exame mais atento revelou ao garoto que as cabeças pertenciam a elfos domésticos. Todos tinham o mesmo narigão.

O Herdeiro do lorde das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora