✨ Capítulo 143 ✨

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  Vultos brancos surgiam de todos os lados, bloqueando o caminho dos garotos à esquerda e à direita; estava escuro, mas era possível reconhecer os membros da ordem com varinhas apontadas diretamente para seus corações; Luna soltou uma exclamação de horror.

— Você parece bem mesmo tendo passado meses na prisão.- disse Olho tonto, enquanto sua varinha dançava em seus dedos.

— Torturas e envenenamento faz bem pra pele.- disse Thomas sarcástico.

— Olha, Thomas, não precisa ser assim, apenas queremos a profecia de Harry e a sua.- disse Ninfadora.

As entranhas de Thomas despencaram, provocando náuseas. Eles estavam encurralados e em inferioridade numérica de dois para um.

— Pegue-a e me entregue.- disse Moody esticando a mão.

  O cérebro de Thomas trabalhava em alta velocidade. A ordem queria essa esfera de vidro empoeirada. Ele não tinha o menor interesse nela. Só queria tirar todos dali vivos, garantir que nenhum dos seus amigos pagasse um preço terrível por sua burrice...

— Porque eu deveria entrega-la?.- perguntou Thomas, ele olhou para Harry e silabou com cuidado.— estantes...quebrar...

— Você nunca quis saber o motivo da morte da louise, nunca ficou curioso para saber o porque você é tão forte e sua magia instável?.-perguntou Moddy, Thomas o encarou com os olhos arregalados.— tudo isso por causa do seu nucleo mágico.

— O que tem de errado com meu nucleo?.- perguntou Thomas, curioso.

— Eu achei que fosse loucura minha, mas quando você estava preso, eu vi... vi sua magia.- disse Moddy.— posso falar sobre ela, se me entregua a profecia.

— Bom, eu já passei 16 anos sem saber sobre mim, acho que posso passar mais 16.- disse Thomas com sorriso.— Accio profecias! Agora, harry!

Cinco vozes diferentes bradaram às suas costas: “REDUCTO!” – Cinco feitiços voaram em diferentes direções, e as prateleiras defronte explodiram ao serem atingidas; a enorme estrutura balançou ao mesmo tempo que cem esferas de vidros estouraram, vultos branco-perolados se desdobraram no ar e flutuaram, suas vozes ecoando de um passado já morto, em meio a uma chuva de estilhaços de vidro e madeira que agora caía no chão...

– CORRAM!.- berrou Harry, quando as prateleiras balançaram precariamente e mais esferas de vidro começaram a cair.

   Ele agarrou as vestes de Luna e a puxou para a frente, erguendo um braço para proteger a cabeça dos cacos de vidro que estrondeavam sobre eles. Um da ordem atirou-se contra eles através da nuvem de poeira e Thomas lhe deu uma cotovelada com força no rosto dele; todos berravam, havia gritos de dor e estrondos de prateleiras desabando sobre eles, ecos estranhamente fragmentados dos Videntes libertados de suas esferas...

Thomas encontrou livre o caminho à frente e viu Draco, Theodore e Malcolm passarem correndo por ele, os braços sobre a cabeça; alguma coisa pesada golpeou sua face, mas ele meramente abaixou a cabeça e continuou a correr; uma mão agarrou-o pelo ombro; ele ouviu Luna gritar: “ESTUPEFAÇA!” A mão o soltou imediatamente...

  Estavam no fim da fileira noventa e sete; Thomas virou à direita e começou a correr a toda velocidade; ouvia passos logo atrás e a voz de Luna apressando Harry; diretamente à frente, a porta por que haviam passado estava entreaberta; Harry viu a luz faiscante do vidro em forma de sino; ele cruzou a porta de um salto, a profecia ainda a salvo em sua mão, e esperou os outros passarem pela porta antes de batê-la...

Colloportus!.- exclamou Harry, e a porta se lacrou com um estranho ruído de esmagamento.

– Onde... onde estão os outros?.- ofegou Harry.

O Herdeiro do lorde das trevasWhere stories live. Discover now