✨ Capítulo 184 ✨

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– Viram?.- disse Dumbledore de forma calma.– O bem sempre vence o mal, mas vamos apenas comprovar mas... Crucio!

Thomas estivera esperando aquilo: sabia que não deixariam o seu corpo descansar intocado no chão da Floresta, teria que ser humilhado para comprovar a vitória de Dumbledore, ele era como Tom. Ele foi erguido no ar, e precisou de toda a sua força de vontade para continuar inanimado; entretanto, a dor que previra não ocorreu. Foi atirado uma, duas, três vezes no ar, ele sentiu a varinha escorregar um pouco sob suas vestes, mas continuou mole e sem vida.

– Agora...-disse Dumbledore.–, vamos ao castelo, mostrar que a guerra teve fim... preciso que alguém leve-o...

Ouve uma pausa.

– Você o carrega.- ordenou Dumbledore.– Acredito que você o aguente, não é mesmo? Pegue-o, Senhor Nott. E ajeite seu cabelo, preciso que todos sabem que vencemos.

Alguém Puxou os cabelos de Thomas com intenção de machucá-lo, mas as mãos que o ergueram foram extremamente gentis. Thomas sentiu os braços de Theodore tremendo, mostrando que ele usava toda sua força para pega-lo no colo, e lágrimas pingava sobre seu rosto quando Theodore o apertou nos braços, e Thomas não ousou, por movimento ou palavra, insinuar ao amigo que nem tudo estava perdido, ainda.

– Ande.- ordenou Dumbledore, e Thomas avançou aos tropeços, abrindo passagem entre as árvores muito juntas com dificuldade, em direção à saída da Floresta. Os galhos prenderam nos cabelos e nas vestes de Harry, mas ele continuou inerte, a boca aberta molemente, os olhos fechados, e no escuro, enquanto os da ordem se aglomeravam ao seu redor, e enquanto Theodore soluçava às cegas, ninguém se preocupou em verificar se pulsava uma veia no pescoço nu de Thomas...

Os dois gigantes acompanharam; Thomas ouvia as árvores partindo e tombando à sua passagem; faziam tanto barulho que os pássaros levantavam voo, aos gritos, abafando até as caçoadas dos da Ordem. A procissão da vitória marchou para campo aberto, e depois de algum tempo, Thomas percebeu, pelo clareamento da escuridão através de suas pálpebras fechadas, que as árvores estavam começando a rarear.

– AAAAAAAH!

O inesperado berro de Theo quase forçou Thomas a abrir os olhos.

– Estão felizes agora por não ter lutado, seu bando covarde de mulas velhas? Satisfeitos de ver Thomas... morto...? O único de todos nós que lutava por vocês, acreditava que vocês eram bons?!

Thomaa não pôde continuar, sucumbiu às lágrimas. Thomaa ficou imaginando quantos centauros estariam assistindo à procissão passar; não se atreveu a abrir os olhos para avaliar. Alguns homens da Ordem gritaram insultos para as criaturas, à medida que as deixavam para trás. Pouco depois, Thomas sentiu, pelo refrescamento do ar, que tinham chegado à orla da Floresta.

– Pare.

Thomas achou que Theodore devia ter sido forçado a obedecer, porque ele cambaleou ligeiramente. Agora baixava uma frialdade sobre o lugar em que haviam parado, e Thomas ouviu os arquejos roucos dos dementadores que patrulhavam as árvores naquele ponto da Floresta. Não o afetariam agora. A realidade de sua sobrevivência abrasava-o por dentro, um talismã contra eles, como se tivesse no coração o Patrono de sua mãe a guardá-lo.

  Alguém passou perto de Thomas e ele percebeu que era Dumbledore, porque ele falou em seguida, sua voz magicamente amplificada de modo a se propagar pelos terrenos da escola, retumbando nos tímpanos do garoto.

“Thoms Riddle está morto. Foi abatido em plena fuga, tentando se salvar enquanto vocês ofereciam as vidas por ele. Trazemos aqui o seu cadáver como prova de que o bem venceu o mal! Saiam do castelo agora, aqueles que se entregaremos terão um julgamento sem irem para Azkaban.

O Herdeiro do lorde das trevasWhere stories live. Discover now