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O cão puxou Thomas para trás, o arrastando pelo ombro em direção a um buraco que havia embaixo do tronco do salgueiro. O sonserino sentiu seu corpo deslizando para dentro do buraco, ele escorregou por uma descida de terra até o leito de um túnel muito baixo. O enorme cão estava à sua frente e voltou a puxá-lo como se ele fosse um boneco de pano.

Foi arrastado por alguns minutos, até chegarem em frente a uma escadaria. Seu corpo foi puxado escadaria à cima, os dentes do cão perfuravam seu ombro fazendo-o sentir uma dor absurda. Mais alguns minutos sendo arrastando se passaram até que o cachorro retirou os dentes de Thomas, o sonserino soltou um suspiro aliviado. Ele ergueu a cabeça, olhando em volta, para ver onde estava.

Era um quarto, muito desarrumado e empoeirado. O papel descascava das paredes; havia manchas por todo o chão; tinha móveis quebrados como se alguém os tivesse atacado. As janelas estavam vedadas com tábuas.

          — Sirius, estava tentando matá-lo?. — Uma voz feminina ecoou.

         — Talvez eu tenha usado muita força. — ouviu uma voz masculina.

Thomas olhou na direção da porta aberta. Havia um homem parado ao lado, cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser confundindo com um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso. Era Sirius Black. E ao seu lado, havia uma mulher no mesmo estado do homem, mas ela tinha cabelos abaixo da cintura e estavam bem mais embaraçados. Era Bellatrix Lestrange.

       — Você não parece com Louise. — disse Sirius, sua voz era rouca. — mas tem o sorriso dela.

Thomas sentiu um ódio escaldante tomando conta do seu peito, como aquele homem tinha a coragem de dizer o nome de sua mãe depois de tudo que fez?.

      — Não fale da minha mãe como se fossem amigos, você a traiu!. — disse Thomas irritado, tentando ao máximo ignorar a dor em seu ombro. — e você, Bellatrix, o ajudando… minha mãe teria nojo de você!.

      — Você sabe quem eu sou?… — Perguntou Bella, ignorando o que ele havia falado.

       — Bellatrix Lestrange, comensal, assassina louca… — Thomas gemeu de dor. — e minha Madrinha.

       — Thommy… você sabe sobre mim! Nunca achei que Severus iria te contar… — disse Bella, estranhamente feliz.

     — Ele não me disse, fiz um teste de herança, sei sobre tudo. — disse Thomas. — bom, sobre quase tudo.

      — Thomas, eu sei que está tudo confuso, mas achei que estava fazendo a coisa certa na época. — disse Sirius com um olhar arrependido. — depois da morte dos Potter, eu enlouqueci.

      — Achei que tinha enlouquecido quando entregou os Potter para Voldemort. — disse Thomas, que agora apontava a varinha para ele. — entregou seu melhor amigo, e entregou minha mãe. Eles confiavam em você!.

     — Não vou negar que entreguei sua mãe, Thomas. — disse Sirius. — mas eu não entreguei os Potter.

      — Então quem entregou, Black?. — Perguntou Thomas, ofegante, a dor estava começando a ficar absurda.

      — Peter Pettrigew, e ele continua vivo!. — disse Sirius, ele estava parecendo um louco. — Vi o nome no mapa naquele dia.

      — Naquele dia?… — Thomas fez uma expressão pensativa. — Ah… o cachorro que alimentei.

     — Acredite em Sirius, Thommy.- Bellatrix se pronuncia, entrando na conversa. — eu também tentei matá-lo, mas ele conseguiu me explicar o que havia acontecido naquele dia.

O Herdeiro do lorde das trevasOnde histórias criam vida. Descubra agora