Indigente [COMPLETA]

Capítulo 59 - Prestígio.

Capítulo 59 — Prestígio.

Carlos estava curioso para saber mais sobre a casa que Fernando tinha aprovado. E da forma que o artista falava dela, o fazia pensar que seria importante que também deveria gostar do local, porque não queria desapontar o namorado.

Quando desceram do veículo, o instrutor desceu com Kid na guia e seguiu Fernando, sem deixar de olhar as casas ao redor. Todas as residências daquele bairro pareciam mansões para Carlos, então era uma completa surpresa pensar que poderia morar em um local como aquele.

O corretor que havia ajudado Fernando na busca, estava os esperando na entrada. E como o artista já havia visitado o imóvel antes, apenas os deixou à vontade para andarem pela casa.

Carlos conseguia se enxergar morando naquele local extremamente grande, mas também não deixava de pensar em quanto cuidado aquela casa exigia. Não deixava de perguntar para o namorado sobre o custo de cada coisa e se teriam como pagar por aquilo.

Fernando explicava sobre como os valores se encaixavam com sua renda atual. Mostrando para o outro o restante dos cômodos, vendo que Carlos já parecia completamente rendido pelos quartos espaçosos e as áreas tão úteis que hoje não tinham.

Kid cheirava os cantos completamente alegre, ele não fazia as necessidades dentro de casa, então parecia impaciente para ir para fora do local. Carlos levou o cão para uma porta de vidro que dava para a área externa e saíram por ela.

Fernando ainda procurava nas reações de Carlos alguma pista se ele havia verdadeiramente gostado da residência e sua expectativa estava alta.

— A piscina pode ser um pouco perigosa para o Kid, mas a gente pode cobrir ou fazer um cercado... ou os dois. — Carlos comentou, olhando para o quintal enquanto deixava Kid cheirar a grama. — É engraçado porque aqui me parece familiar...

— E realmente é familiar. Principalmente pra mim, mesmo que tenham feito algumas reformas importantes recentemente. — O artista comentou, surpreendendo o outro.

— Espera aí. Quer dizer que...

— Sim, essa é a minha antiga casa. — Fernando colocou as mãos dentro dos bolsos da calça.

— Como assim?! Por que não me falou antes?!

— Porque eu queria que você fosse sincero. — Riu baixinho. — Você sempre quer me agradar, então se eu dissesse, seria capaz de você falar que amou tudo só pra me deixar feliz.

— Seria impossível não gostar daqui, Nando... Esse lugar tem tudo o que a gente precisa e mais um pouco. E agora que eu sei que é a sua casa... — Carlos levou a mão livre para acariciar os ombros do artista. — É perfeito.

— Tem certeza?

— Muita. — Se aproximou para roubar um beijo. — Eu nem consigo acreditar que a gente tá aqui.

Fernando não podia deixar de sorrir, não apenas pela aprovação do namorado, como por todo o resto. Mal imaginava que sua casa estaria disponível depois de tanto tempo e parecia ter sido o destino encontrá-la pouco tempo depois de iniciar as buscas.

Era como se estivesse recuperando tudo o que pensou ter ido para sempre. E estar ali de volta em sua casa, com o amor de sua vida, apenas o deixava ainda mais ansioso para o que o aguardava no futuro.

♢♦♢

Monique conseguia controlar a respiração, se esforçando para parar de chorar. E a amiga que estava apenas observando pensou que poderia estar atrapalhando um momento importante, então precisou dizer: