Capítulo 56 - Sociedade.

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— Eu sei, eu sei. Mas eu também queria que você soubesse que ainda sobrou um bom dinheiro e eu vou deixar ele todo com você... — Fernando afirmou, vendo o olhar completamente surpreso do outro.

— Como assim? — O instrutor disse, ainda com os olhos arregalados.

— O meu dinheiro é seu. — Reforçou, sorridente. — E o que eu mais quero agora é te apoiar nos seus sonhos, assim como você me apoiou.

♢♦♢

Carlos parava de dirigir ao chegar no endereço do seu novo empreendimento. Eduardo havia avisado que já tinha chegado, então já podiam entrar.

— Aqui parece ser um ótimo espaço. — Fernando falou, descendo do carro.

— E é mesmo. Não é pequeno, mas também não é gigantesco, então acredito que vamos conseguir administrar bem. — Carlos alarmou o veículo, caminhando para a entrada.

O artista olhou melhor para o exterior. O nome antigo da academia já estava desbotado e as paredes de fora precisavam de uma boa pintura. As portas de vidro deram as boas-vindas para eles e conforme entravam, ele podia olhar melhor.

Passaram por um curto corredor, com uma pequena recepção em frente antes de seguirem para o amplo espaço. A academia tinha poucas paredes separando as categorias, um espaço para as esteiras e bicicletas, outra região um pouco mais livre à frente para treinos funcionais e outra região com as estações de musculação e outros equipamentos.

Eduardo estava próximo de um grande bebedouro e ao notar a presença do casal ali, parou o que fazia.

— Oi gente. — Andou até eles, mostrando o que segurava. — Já comecei a arrumação por aqui. Tô trocando os filtros velhos enquanto sigo um tutorial da internet, espero que dê certo. E aí, o que acharam do espaço?

— Eu já conhecia de antigamente, mas não tinha visto algumas das reformas que o Samuel fez aqui. — Carlos respondeu, sem deixar de sorrir.

— Eu também gostei, não precisa de muito trabalho. — O artista ainda olhava para os arredores.

— Eu só estava pensando se a gente deveria ou não mudar a disposição dos equipamentos. O que acham? — Eduardo quis saber, começando a andar com eles pelo ambiente.

— Pra começar eu acho que tá ótimo, com o tempo a gente vai descobrindo se precisamos fazer alterações. — Carlos analisou um pouco melhor. — Pelo menos, consigo me imaginar trabalhando aqui da forma que está.

— Eu também, pra ser sincero. — Eduardo também olhou para os equipamentos. — Não antes de uma bela limpeza, é claro...

— Mas e quanto ao nome? — Fernando perguntou, curioso. — Vocês já escolheram?

— Confesso que eu ando sem ideias. — Eduardo voltou a dizer. — A Mô também tentou ajudar, mas ela também tá sem criatividade.

— Olha, eu pensei em um... — Carlos se pronunciou, chamando a atenção deles. — O que vocês acham de: Academia Adônis?

— Adônis? Tipo o cara bonitão da mitologia? — O amigo quis confirmar, para ver se realmente se lembrava do que se tratava.

— Ele mesmo. — O outro confirmou.

— Eu gosto, viu... Acho legal essa pegada histórica. — Eduardo continuou, pensativo. — E de onde você tirou a ideia?

— Ah... O Nando. — Carlos respondeu, segurando a vontade de rir enquanto o namorado olhava para si.

— Eu achei criativo. — O amigo voltou a dizer, agora olhando para o acompanhante. — E se você topar ajudar a gente, Fernando, dá até pra planejar algum mural na parede com algumas figuras da mitologia.

Indigente [COMPLETA]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora