Capítulo 50 - Calúnia.

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— É só uma vaca. — Enxugou os olhos mais uma vez. — Eu sei que é bobagem minha, mas eu não consigo controlar. Ela fica dando em cima de um carinha que eu gosto indiscretamente!

— É sério? — Monique arregalou os olhos. — Mas ele sabe o que você sente por ele?

— Sabe, o pior é que ele também diz gostar de mim, mas às vezes tenho a impressão de que ele dá bola pra essa bisc... — Manuela interrompeu a fala, mordendo o lábio para conter o nervosismo.

— Se ele diz gostar de você, mas dá um tipo especial de atenção pra ela, me desculpe ser chata, tenho péssimas notícias.

— Mas Monique, eu não sei se sou eu que estou inventando coisas, porque ele já me disse que essa mulher é uma ótima amiga, além de eles serem colegas de trabalho há muito tempo. Então me sinto muito boba.

— Olha, seus sentimentos não são bobagem, sei que eu não te conheço, mas se isso está te magoando, é melhor descobrir a verdade.

— Eu não sei se tenho coragem de perguntar pra ele, prefiro desistir do que ficar correndo atrás de macho, eu não sou dessas.

— Nem tem que ser. — Monique concordou. — Olha, eu não sou a melhor pessoa para te aconselhar, mas seja firme, tá bom? Nunca se humilhe por ninguém.

— Não vou — Sorriu, agradecida.

— Você precisa seguir o seu instinto. — Reforçou, olhando para a moça chorosa. — Ao olhar pra alguém, você consegue saber se é uma boa ou má pessoa. Você pode até achar que não, mas consegue. O que seu instinto te diz agora?

— Que você é uma ótima pessoa. — Manuela sorriu graciosamente. — Não é todo mundo que se preocupa com alguém e vê se essa pessoa precisa conversar, assumo que nem eu sou assim, então muito obrigada, Monique. Eu queria ser como você.

— Nem sonhe em querer ser como eu. — Riu com ela. — Eu posso até parecer uma boa conselheira, mas sou a pior pessoa do mundo.

— Por que diz isso? — Manuela soltou uma risada.

— Sou uma péssima namorada, muito ciumenta. — Soltou um muxoxo. — Além de eu ter ciúme demais até da minha melhor amiga.

— Bom, mas pelo menos você está namorando, eu estou com ciúme de uma pessoa que não tem nenhum compromisso comigo.

— Eu entendo totalmente como é, Manu. Posso te chamar assim?

— Claro que sim! — Afirmou, abrindo outro sorriso, já esquecendo do choro. — Mas então, Monique, me fale um pouco mais de você. Estou vindo há pouco tempo e não conheço ninguém além do meu irmão que trabalha aqui.

— Eu também não venho muito por aqui. Mas meu namorado também trabalha aqui e é por isso que eu comecei a vir.

— E o que o seu namorado faz? Meu irmão Caio é instrutor.

— Ah, o Edu é instrutor também, acredito que eles devem se conhecer.

— Eu estava te procurando, Mô! Vamos almoçar? — Eduardo exclamou ao encontrá-la, aproximando-se de onde as duas estavam.

— Tô aqui conversando com a Manuela, ela é irmã do Caio, conhece? — Apresentou-a ao namorado. — Esse é o Eduardo, Manu.

— Prazer, Manuela. — Cumprimentou-a. — Claro que conheço, o bombinha!

— É ele mesmo. — A moça loira riu.

— Ele é gente boa. — Continuou.

— Bom, foi ótimo te conhecer, Manu. — Monique levantou-se, ficando ao lado de Eduardo. — Espero te ver mais vezes.

Indigente [COMPLETA]Where stories live. Discover now