Indigente [COMPLETA]

By OkayAutora

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Em meio à olhares tortos de reprovação vindo dos clientes, apenas um olhar era de compaixão quando um andaril... More

Capítulo 1 - R$ 1,45.
Capítulo 2 - Arte.
Capítulo 3 - Retrato.
Capítulo 4 - Trajes.
Capítulo 5 - Frio.
Capítulo 6 - Grãos.
Capítulo 7 - 38.
Capítulo 8 - Tempo.
Capítulo 9 - Humano.
Capítulo 10 - (Res)sentimento.
Capítulo 11 - Decisão.
Capítulo 12 - Recado.
Capítulo 13 - Rumos.
Capítulo 14 - Acolhimento.
Capítulo 15 - Insegurança.
Capítulo 16 - Recomeçando.
Capítulo 17 - Habituando.
Capítulo 18 - Provocação.
Capítulo 19 - Compensação.
Capítulo 20 - Aliviar-se.
Capítulo 21 - Despertar.
Capítulo 22 - Proteger.
Capítulo 23 - Início.
Capítulo 24 - Infância.
Capítulo 25 - Presente.
Capítulo 26 - Dilacerado.
Capítulo 27 - Arrependimento.
Capítulo 28 - Irremediável.
Capítulo 29 - Escolha.
Capítulo 30 - Distância.
Capítulo 31 - Inacessível.
Capítulo 32 - Flashback.
Capítulo 33 - Inconsistente.
Capítulo 34 - Esperança.
Capítulo 35 - Esperar.
Capítulo 36 - Conquista.
Capítulo 37 - Saudosista.
Capítulo 38 - Diálogo.
Capítulo 39 - Queda.
Capítulo 40 - Romantismo.
Capítulo 41 - Necessidade.
Capítulo 42 - Transparente.
Capítulo 44 - Festejando.
Capítulo 45 - Reivindicando.
Capítulo 46 - Cuidando.
Capítulo 47 - Retorno.
Capítulo 48 - Vínculo.
Capítulo 49 - Elo.
Capítulo 50 - Calúnia.
Capítulo 51 - Testemunha.
Capítulo 52 - Convite.
Capítulo 53 - Negócios.
Capítulo 54 - Coragem.
Capítulo 55 - Namorando.
Capítulo 56 - Sociedade.
Capítulo 57 - Comoção.
Capítulo 58 - Ciclos.
Capítulo 59 - Prestígio.

Capítulo 43 - Solucionando.

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By OkayAutora


Capítulo 43 — Solucionando.

Eduardo notava o olhar apreensivo de Monique, apenas aproveitando aquele momento em que ela esperava uma resposta sua, para poder continuar olhando para ela. Viu que ela abaixou a cabeça, mudando sua preocupação para uma notável angústia.

Não queria deixá-la sem resposta, mas não evitou estar em silêncio enquanto procurava pela mão dela. Abraçou a mão pequena de Monique com a sua, podendo finalmente ver um sorriso se formar pelos lábios reluzentes.

— É claro que eu te perdoo. — Seus dedos acariciavam a pele macia da mulher.

A blogueira olhou para suas mãos unidas e em seguida voltou a encarar o instrutor. Alguns segundos se passaram até o olhar de apreensão de Monique voltar e Eduardo sentir sua mão ser abandonada.

— Du... Eu preciso ir agora.

— Mas já? — Ele indagou, sem entender a súbita reação dela. — Eu queria conversar com você...

— Outro dia, pode ser? — Ela sugeriu, ainda estampando uma feição completamente deprimida.

— Tudo bem, a gente combina... Fica à vontade pra me mandar mensagem. — Reafirmou, vendo-a se levantar e ajeitar a alça da bolsa no ombro.

— Tá... Até depois, então. — Monique mal continuou a encará-lo, dando os primeiros passos para ir embora dali.

Eduardo permaneceu sentado por um segundo, sem conseguir enxergar que a blogueira tinha dado as costas para poder finalmente expressar o que sentia. Monique já estava distante quando pôde respirar livremente e desabar.

Os novos remédios haviam a deixado apática para todo o restante do mundo, menos para Eduardo. Suas defesas estavam vulneráveis e Monique não previa aquilo, não imaginava que seria pega de surpresa por aquele carinho todo.

Teve que enxugar o canto de seus olhos, sem saber exatamente o que pensar. Em sua cabeça, era tudo sua culpa, mas ao mesmo tempo, sabia que não podia se culpar. Não resolveria mais se lastimar ao pensar no homem perfeito que havia perdido, principalmente quando tinha em mente que não queria deixar as coisas ficarem sérias demais.

Toda vez que se apaixonava por alguém e o relacionamento evoluía, Monique saía machucada da relação. Não havia um homem sequer com a coragem que Eduardo teve e que foi tão longe por ela. Então aquilo doía e muito.

Monique acreditou de verdade que o namoro com o instrutor iria para frente. Todos os esforços de Eduardo, faziam com que ela se sentisse a mulher mais especial do mundo e aquilo estava gravado em sua mente e coração.

E pelo jeito que Eduardo a olhava naquela tarde, apenas teve certeza que qualquer iniciativa de sua parte poderia bastar para que retomassem o namoro. Mesmo assim, não faria isso, não poderia trazer todo o rastro de desgraça de volta para a vida de Eduardo.

Ao menos, tinha aprendido uma bela lição com tudo aquilo: que não necessariamente as pessoas que estavam sempre ao seu lado, sabiam o que seria melhor para sua própria vida. Michele e Murilo podiam amá-la incondicionalmente, mas também tinham seus defeitos e tentaria não dar tanto ouvido a eles.

Monique havia definitivamente perdido o namoro mais saudável de sua vida e seu coração apertava com tanto sofrimento. Era doloroso olhar para Eduardo e não poder mais tocá-lo no rosto ou simplesmente dizer o quanto ele estava lindo. A blogueira agora podia apenas se contentar com as lembranças que carregaria em seu peito.

♢♦♢

Carlos lia a mensagem recebida de Eduardo, descruzando as pernas e se levantando do sofá. Foi chamar pelo artista e quando o encontrou, ele estava fechando a porta do antigo quarto de hóspedes, que foi agora transformado no local de trabalho de Fernando.

— Tenho que manter essa porta fechada, por causa do desumidificador e do aquecedor. — O artista explicou, apenas soltando a maçaneta.

— Ah, tudo bem, não vou entrar aí. Sei que os quadros estão secando. — Carlos afirmou, levantando o celular para o outro ver. — Queria que você lesse essas mensagens do Edu que eu recebi agora.

Os dois voltaram a caminhar até a sala enquanto Fernando passava os olhos pela tela do aparelho, se informando do que Carlos mostrava. O instrutor continuou a falar da situação do amigo e parecia pensativo, enquanto dizia:

— Ele quer ajuda, mas eu não sei o que eu deveria dizer pra ele... — Carlos coçou a nuca, sentando no sofá com ele. — Eu sei que ele é louco pela Monique e se fosse eu no lugar dele, eu já teria ido atrás dela...

— E se a Monique for cabeça dura como eu, que sente algo, mas não quer assumir, então ela vai gostar que ele vá atrás dela. — Fernando raciocinou.

— Foi assim então? — O instrutor sorriu com a declaração dele, vendo-o gesticular a cabeça afirmativamente.

— Eu gostei que você insistiu... Se não fosse isso, acho que eu não estaria aqui. — Fernando declarou, devolvendo um sorriso tímido.

— Mas eles não são a gente... — Apoiou a cabeça no ombro do artista. — Se eu falar para o Edu ir atrás dela, eu não sei como ela pode enxergar isso. Então sinto que qualquer coisa que eu falar pode estragar as coisas pra sempre.

— Então seja sincero com ele, diga que você não fica muito à vontade pra dar esse tipo de conselho. — Fernando tocou os cabelos do outro.

— Eu vou falar... Mas é difícil demais ver o Edu assim... Ele não merecia nada disso. Eu torcia tanto pra eles... — Falou, apenas aproveitando os toques dele. — E o Edu tava tão animado pra festa. Nossa, verdade! A confraternização!

— Me lembro de você falar. — O artista afirmou, vendo-o se levantar de seu ombro. — O que tem?

— É que acabei de me lembrar que eu fiquei de confirmar minha presença na confraternização com a Marcela. Mas antes eu queria falar com você...

— Por quê? Você sabe que não precisa da minha permissão para ir. — Fernando esclareceu.

— É que eu não queria ir sozinho... E eu tenho direito a um acompanhante... — Afirmou, lançando um olhar tímido para o outro, que se igualava à uma criança pedindo para o pai comprar um brinquedo caro.

— Você quer que eu vá com você?

— Se você tiver vontade, seria ótimo... Faz muitos anos que eu não piso em uma festa decente e, por menos festeiro que eu seja, eu me dei conta de que eu não posso ficar só em casa pra sempre.

— Eu também não me dou muito bem com festas agitadas, mas agora que você disse isso... Acho que já perdi muita coisa por ser um belo introvertido.

— Eu também... Hoje eu vejo que eu tenho só o Edu de amigo e só uns conhecidos do trabalho que eu converso muito pouco. — Parou para pensar, colocando o cabelo atrás da orelha. — E pode ser legal, quem sabe não toque Kid Abelha?

— Eu duvido muito. — Fernando não conseguiu disfarçar a risada com a afirmação do outro.

— Eu posso lidar com isso desde que eu tenha alguém ao meu lado... — Voltou a sorrir docemente. — Você vai poder ir comigo?

— Posso ir. Quando é?

— Nesse sábado à noite. Você vai estar trabalhando?

— Ainda não me chamaram. Mas se chamarem, eu posso recusar. — Respondeu, vendo o outro mostrar os dentes em um sorriso enorme.

— Eu tava morrendo de medo de ir sozinho. — Abraçou o artista, quase se deitando sobre ele no sofá. — Quando eu fui a uma boate pela última vez, me lembro de ficar de lado, sem falar com ninguém. Eu não estava nem um pouco interessado nas meninas e os meninos também não tinham interesse em mim... Que fase.

— É difícil te imaginar diferente do que você é hoje. Você arranja assunto até com as senhorinhas do mercado. — Fernando afirmou, ouvindo-o rir enquanto sentia o peso da cabeça dele em seu peito, ao mesmo tempo que o aconchegava em seus braços.

— Depois que eu saí da casa dos meus pais e me afastei da minha família tóxica, as coisas melhoraram. Eu não tenho nem um pouco de saudade de estar perto deles. — Disse baixinho, voltando a sentir os carinhos dele em seus cabelos. — Nossa, eu acabei de me lembrar do meu primeiro porre...

— Foi muito ruim? — O artista quis saber, olhando para o homem de expressão serena em meio aos seus braços.

— Se foi ruim? — Carlos segurou a risada. — Foi um dos motivos de eu querer ficar longe da bebida... Não que eu não tenha ficado bem bêbado outras vezes na vida, mas eu tento me controlar, no geral.

— Eu gosto de beber, mas também não gosto de passar dos limites. Eu adorava um bom vinho tinto no jantar. Tomava sempre uma taça à noite... Talvez poderia até ser um vício em desenvolvimento, não sei. Isso é algo que eu não descobri. — O artista revelou, nostálgico. — Quando eu abria uma boa garrafa, eu até levava o vinho para o banho... Deixava a hidro enchendo enquanto eu pegava uma taça. Era muito bom.

— Acho que eu nunca bebi vinho numa hidro... Que chique. — Carlos olhou sugestivamente para o outro. — A gente podia comprar vinho e, sobre a hidromassagem, podemos ir em um lugar que eu conheço...

Fernando desviou dos olhos azuis provocativos e não evitou abrir um de seus famosos sorrisos tímidos. Carlos parecia prever a reação do outro, visto que ele ainda parecia retraído a cada vez que tocavam no assunto. E quis brincar com ele, dizendo:

— Nando... Além do vinho e você estar se guardando pro casamento, tem mais alguma coisa sobre você que eu deveria saber?

— Eu não estou me guardando para o casamento. — Rebateu, sem deixar de rir com a frase do outro.

— Isso é você quem diz, Sr. Celibato! — Tocou-o na ponta do nariz, atiçando-o.

— Ok, ok. Acho que eu mereço essa... Mas o que quer saber?

— Qualquer coisa, sei lá. A gente podia começar a fazer alguma coisa nova juntos. Principalmente agora que eu estou perto de voltar a trabalhar... Tem alguma coisa que você acha que daria certo?

— Eu gosto de correr. Mas nunca comentei antes, porque os meus números seriam uma vergonha perto dos seus recordes pessoais. — Assumiu, ainda constrangido.

— Uma bobagem, isso. Mas ainda bem que você me falou, eu sempre quis que você fosse correr comigo... Eu iria adorar. — Carlos se empolgou, agora se levantando dos braços dele. — Pensei em ir amanhã cedinho, o que acha? Você tem tênis pra isso?

— Tenho alguns, sim. — Fernando olhou para o outro, vendo-o cruzar as pernas no sofá e voltou a dizer. — Mas, sabe? Pensando bem, agora... Acho que você tá certo.

— Sobre o quê, Nando?

— Eu até que gostei da sua ideia do vinho e da hidro... A gente pode marcar um dia. — O artista levantou-se do sofá, deixando Carlos pensativo por um segundo.

— Isso é sério? Nando! Nando! Vem aqui! — Correu atrás dele, ouvindo a risada gostosa que ele dava enquanto estava de costas. — Não brinca comigo, não!

♢♦♢

Terça-feira, 11 de outubro.

Eduardo não havia recebido mensagem alguma de Monique e a todo momento que podia, conferia o celular. No dia anterior, a blogueira havia deixado mais do que claro que apenas tinha ido se desculpar. E mesmo que tentasse acreditar naquelas palavras, a conhecia muito bem para perceber que ela também se remoía por dentro.

Queria acreditar que Monique ainda nutria algum sentimento por si, talvez assim fosse mais fácil para tomar a coragem que precisava. Principalmente, porque, ao recorrer ao amigo, tudo o que havia recebido de Carlos era uma mistura de "siga o seu coração" com "se der tudo errado estarei aqui", o que, sinceramente, não passava confiança alguma.

Eduardo roía as próprias cutículas enquanto pensava no que fazer. Naquele dia, seu trabalho ficou visivelmente afetado, mal dando a devida atenção aos alunos. Por sorte, seria feriado no dia seguinte e muitos emendavam aqueles dias para viajar, então faltavam.

Se não mantivesse os cabelos raspados, podia jurar que ficaria careca. Nunca antes pensou tanto em uma coisa, mas finalmente chegou em uma conclusão. A questão principal era: valia a pena? E a resposta para Eduardo era que sim. Ele não queria fazer nada do que pudesse se arrepender no futuro e não lutar por Monique com certeza seria uma delas.

Foi para sua casa se arrumar. Estava obstinado a encontrar com ela, então tentou ligar e mandar mensagens, mas a blogueira não respondeu. Aquilo não foi o suficiente para que desistisse, então, após o banho, ficou pronto para sair.

Teria o coração daquela mulher de volta, nem que para aquilo fosse preciso se lembrar de todas as vezes onde ela já elogiou suas roupas. Pensava no que vestir, baseado no que ela gostava, todo trabalho para agradá-lo, era pouco.

Monique merecia o melhor e ela teria o melhor. O melhor namorado, o melhor confidente, aquele que estaria sempre ao lado dela, independentemente do que aconteça. Então essa era a sua missão, tentar fazer com que ela aceitasse. Se Eduardo estivesse disposto a esquecer daquelas últimas mentiras, talvez ela também estivesse disposta a dar uma segunda chance para o relacionamento dos dois.

Se faltava motivação, agora não mais. O instrutor olhava para as alianças há algum tempo compradas. Não poderia deixá-las em sua gaveta, aquele anel em prata e com pedrinhas brilhantes, não poderia ficar mais bonito em qualquer outra pessoa senão nela.

Carregou a caixinha com os anéis consigo enquanto saía. Precisou pensar durante o caminho todo no que diria assim que a encontrasse, mas a cada minuto, o começo de seu discurso mudava. Pensou, então, que tudo dependeria da forma que ela o recebesse.

Apertou o interfone e estranhou não ter ouvido ninguém perguntar de quem se tratava e logo o portão foi destravado, então apenas esperou do lado de fora.

— Eduardo? — Michele abriu o portão, franzindo o cenho. — Eu não sabia que você vinha. A Nique não disse nada.

— Ela tá aí? Eu queria falar com ela... — Perguntou, esperançoso.

— Ela tá trabalhando, mas pode entrar. Eu vou ficar aqui esperando a pizza que pedimos.

— Ah, tudo bem. Eu vou entrar, se não se importar.

— Claro, à vontade. — Ela lhe deu espaço.

Eduardo correu para dentro da casa e encarou a porta semiaberta do escritório de Monique. Aquele espaço tão especial que tinha projetado desde o zero para que ela tivesse um bom lugar para trabalhar.

Abriu a porta de mansinho e a viu de costas, então para surpreendê-la, sem sequer saber o que ela pensaria daquilo, apenas se posicionou e pigarreou. Monique virou a cadeira de escritório em direção ao que ouvia e teve um sobressalto ao se deparar com Eduardo... de joelhos.

— Mô. — O instrutor iniciou, tirando a pequena caixinha do bolso.

— Du... O que você tá fazendo aqui? — A blogueira indagou, quase ficando sem fôlego ao entender o que ele segurava.

— Eu não parava de olhar para eles a todo o instante em que você ficou longe de mim... — Eduardo continuou a dizer, mostrando os anéis dentro do pequeno porta-joias. — Eu não via a hora de entregar, Mô...

— Você sabe que a gente não pode... — Monique tentou formular alguma frase, mas sequer conseguia raciocinar com aqueles olhos brilhantes em sua direção.

— Eu só peço que, agora mesmo, que se você tiver um motivo, um motivo sequer... que me diga o porquê que a gente não deveria tentar de novo.

— Um só? Nós temos tantos... — Ela tentava não focar na caixinha de alianças à sua frente, mantendo os olhos em Eduardo. — Eu te enganei, tive medo de assumir isso e deixei com que outras pessoas falassem por mim. Eu também sei que a minha síndrome não me define, mas eu usei ela de desculpa pra afastar você, eu assumo isso.

— Eu sei disso tudo, Mô. Da mesma forma que eu sei que você aprendeu com isso como eu. — Reforçou, ainda se mantendo abaixado. — O que mais? O que mais te impede?

— Eduardo... Você faria qualquer outra mulher no mundo mais feliz. Qualquer uma.

— Mas eu só quero uma.

A respiração dela ainda não havia se normalizado, vendo-o apenas puxar sua cadeira em sua direção. As rodinhas pararam de deslizar quando ficaram próximas do joelho que Eduardo usava para apoiar seus braços, naquela clássica pose de pedidos de casamento.

— Du... Eu não mereço. — Ela continuou a dizer, completamente tocada, parando para enxugar cuidadosamente o canto dos olhos.

— Eu te amo... Eu só peço para que você me aceite como seu de volta, porque eu te quero na minha vida. Eu te quero todos os dias. — Eduardo reforçou, entregando a caixa com os anéis na mão dela.

Monique tentou conter a vontade de chorar, mas seus lábios só tremeram mais. Eduardo entrelaçou seus dedos com os dela e abriu um sorriso amoroso. A blogueira mal conseguia falar por si, então sacudiu a cabeça positivamente, enxugando outra vez seus olhos.

Eduardo tomou cuidado para não gritar alto demais, em comemoração. Não precisou se levantar para a aproximar pelas laterais daquele lindo rosto. Tirou um minuto para vê-la de perto e olhou para as covinhas que emolduravam o sorriso mais iluminado que se lembrava de já ter visto. 

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