Cruzados

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Já se contam os meses desde que te escrevi,
Já se perderam a conta das lágrimas que já dei à luz,
Nem me recordo como sobrevivi,
Sem ter esse teu corpo no meu, ou o teu olhar que me seduz.

Já não me lembro quantas palavras te dei,
Não sei onde andam os beijos, onde crescem as rosas,
E tu que sempre foste rei,
E não ligas para prosas.

Hei de regressar à praia, hei de beijar o mar,
Serei mais que este rabo de saias, ou é aqui que a minha alma quer ficar?
Se o nosso amor podesse ser romance que nem os maias,
Quem somos nós para não o proclamar?

Hei de visitar a igreja, passar pelo cais,
Dizer que não à inveja, um abraço aos nossos pais,
No topo colocar a cereja, e talvez pedir a Deus por mais.

Não tenho licensa para a tua cabeça,
Ou cartão que compre o teu coração.
Só tenho a certeza que isto é mais que uma paixão.

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