Matemática

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Não és mais que uma equação matemática. Uma adição entre pensamentos Constringidos e olhos de cristal.
Uma bijuteria de mulher.
Um diamante a mais num colar de pérolas.
Mãos fiadas com linho, e um toque suave como algodão. Por onde banhas o teu ser em pétalas frágeis de um sabugueiro.
Sejas tu filho da lógica ou enteado dos sentidos, vives num reino de opalas e esmeraldas.
De onde te fazes rei.
Rei de uma necessidade sem valor.
Rei de uma fase lunar inconsciente.
Tenho um mundo crescente, governado entre sorrisos de uma rosa.
Uma política feita ao longo de camélias que não absoluto se faz ramo carvalhido.
Num ou outro quadro comparativo.

Lá não sou rei. Muito menos sucessor dos nobres verosímeis.
Lá, nesse mundo de estágios e linguagens formais, explico ou tento explicar, o domínio das plantas.

Subtrai agora esses cabelos desenhados. Que permanecem intactos sob o toque das searas e furacões adjacentes.

Seria mais complicado, dividir as palavras que me transmites.
Seria mais ridículo, deixar a zeros uma inequação equivocada.
Empaleada, amedrontada, decreto lei gramatical. Na terra das sensações.
E depois? Nada. É vazio.

É cheio. Completo. Vivo.
Não meramente sonhado.
Um algo inalterado
Um mundo já governado.

Somos uma multiplicação em desarmonia. Onde vivemos sem resposta numeral.
Ou sentimental.
Até algo que irreal.

Mas como em todos os outros caminhos da vida. Nunca precisei da matemática do meu lado. Ou assim pensava até te ter encontrado.

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