Há algo em mim.
Algo que me acende sempre que te vejo com ele.
Algo que me enche sempre que estas perto dele.
Algo que se preenche no meu peito.
Algo que me faz querer que sejas só meu.
Há uma pura e amarga angústia. Um sentimento de dó e louvor.
Sempre que estas com esse ser incolor.
Uma dor genuína e uma paixão furtiva.
Porque te quero só para mim.
Porque é a mim que pertences.
E eu a ti sem hesitar.
Aí o quanto me mata ver como ele olha para ti. E como as palavras parecem não acabar. Como desejava que para longe fosse ele morar.
A tristeza que sinto quando falas sobre ele por instinto.
Ciúme. É tudo o que resta. Talvez uma das únicas coisas que ainda me presta.
Ciúme da doce alvorada.
Ciúme desta tenra madrugada.
Uma alma apaixonada.
