Que fazes tu?
Que fazes na superfície deste mar?
Que fazes tu? Tentas suprimir os meus passos. Tentas apressar os meus fracassos.
Por isso diz-me, que fazes tu? E quem és tu afinal? Porque atravessas a vida, praticando esse mal. Corroendo a luz da minha vida.
Ditando regras e impondo verdades.
Que de nada possuem a dita verdade.
Que fazes tu? Porque me fazes isto?
Se é que queres isto. Se vives somente nisto. Se sincronizas as trevas com as provas cegas do teu coração.
Que fazes tu? E porque ainda não paraste? Que fazes?
São ruínas. São lamúrias. São palavras.
Palavras que magoam. Palavras que doem.
Ferem. Cortam. E me fazem cair.
Mais uma vez me queres destruir.
Que fazes tu? Deixa-te perceber.
Deixa-te ver.
Deixa-me viver.
Que fazes tu, seu louco entusiasmado.
Que fazes afinal?
