Regresso

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Um passo á esquerda e nada se move
Um passo á direita e o mundo a todos comove.
Um bater de asa á chuva, sempre em frente na rua.
Escura, vestindo a a penumbra.
Sem meios ou tal proclamada desventura.
Só o pó. Somente pó foi deixado para trás.
Somente ele me matou o apetite voraz,
O querer chorar pelo o que o amor faz.
Pois mais uma promessa aqui jaz.
Mais um regresso ao corpo incapaz.
De volta a um mundo de incertezas, criadas e imaginadas apenas.
Mentiras menos negras.
Pontes de luz.
Onde a sombra parece chamar.
Por minh'alma aclamar.
Ouvir o meu cantar, deitar a mão sob o meu olhar, deixar o vinho transbordar.
A pele rasgar.
A mágoa libertar.
O veneno nocivo do amor.
Ao reconhecimento do ardor. Ás portas da loucura e da dor.
Ousar ser pensador.
E de nada significar o pensar.
Ousar ser amante
E a nada saber o sentimento
Que vaga expressão
Que doce emoção.
Mas o sabor é das pedras do chão.
Portanto solidão.
E nunca me senti tão bem por estar só.
E nunca me senti  tão bem por estar acompanhado.
Frágeis palavras que se perderam pelo caminho.
E um  coração latente que bate pela gente.
Mas morre sempre que sente.

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