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Não sei nada de palavras bonitas.
Não sei nada para dizer.
Sou um miúdo do amanhã.
E tu és um sol poente.
Uma alegria nascente.
Pois tenho-te por minha mente.
Coisas que o Homem sente.
E hoje mais uma data.
Hoje mais um beijo ponho nesta carta.
Não sei nada de momentos bonitos.
Ou de discursos eloquentes.
Escrevo o que sinto. E sinto o que penso.
Penso em ti....
És a única coisa que me satisfaz a cabeça
Esta minha intriga pelo pensar.
Se é que não é isto tudo pensamento.
Queria escrever-te as mais belas palavras.
Queria que chovesse em todas as estradas.
Para que nós, almas assustadas,
Se mantenham amadas.
Isto tudo de mãos dadas.
Sei, por minha tristeza, que a saudade não dá tréguas.
Sei que o tempo faz arder.
Mas pode o que já é fogo, queimar-se e cessar?
Pode isto terminar?
No meu pensar. No meu sentir pensado.
Desejo pelo que temos continuar.
No teus braços voar.
Por uma vez não pensar.
Por uma vez não afundar.
Porque quando se cai por opção.
Sabe-se que a culpa é do coração.
Sabe-se que se procura a oração.
E tirar-te deste turbilhão.
Ter-te por minha mão.
Não sei nada dessas belas palavras que falas.
Mas o que sinto por ti não é fruto do pensar.
Não, o que sinto é filho do verbo amar.
E possui confessar..
Que o estou a adorar.

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