BRUXAS! BRUXAS! BRUXAS!

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Tenho em mim, sangue de bruxa.
Que borbulha.
Aquece.
Consome o que vai dentro de mim.
Tenho em mim, luas nas mãos.
Que rodopiam.
Brilham.
Quase que se advinham.
Preces de onde boas fés não vinham..
Tenho em mim, sangue de mulher.
Feiticeira.
Curandeira.
Mãe, senhora, menina,
Nela corre o sangue ancestral.
Uma dádiva afinal.
Tenho em mim um coração que arde.
É a raiva das minhas irmãs que lá reside.
Torturadas. Maltratadas. Em fogueiras são expurgadas.
Exorcismos acertados.
Andando por todos os lados.
Tenho em mim, o mau olhado mais cruel.
Porque assim que souberem
Virão atrás de mim
E ai sim... Será o fim.

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