(In)Justo mor

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Mas eu amo-te tanto,
E vê lá quão o mundo é injusto.
Nem sei se foi o destino
Nem sei se perdi o tino.
Se foi apenas para ganhar juizo
Mas sei, e preferia não saber.
Preferia esquecer.
Retirar-te do meu âmago.
Tirar-te do meu coração amargo
Deixar-te e deixar o que sinto e calo.
E esmago. Esmago a sensação.
Pois basta olhares.
Olha e verás.
Que eu amo-te tanto.
Mas que amor mais injusto.
Não te posso ter.
E vejo outros sem te merecer.
Não posso saborear,
E tu a outras almas te vais dar.

Que raiva esta que cresce em mim como embrião
Que vontade de me rasgar e voar como o falcão.
Ai mas que saudade.
Queria tanto perde-la com a idade.
Deixar de vez a vivacidade.
Fugir de cidade em cidade.

Mas que posso eu dizer?
Que mais posso contar?
Logo eu, que te amo tanto.
Logo eu, preso por te querer e não te ter.
Preso pela injustiça de um vago sentimento.
Que vira lamento.
Mas que vontade de gritar ao vento...

E sim, eu sei que te amo.
Sei disso porque morro a cada verso.
Porque me corto com cada palavra.
Já que cada segundo longe de ti, é dor aguda.
E dor muda.
Dor que dura....

E amo-te.
Oh se te amo...
E doi tanto amar-te.
Quem dera odiar-te.

E se há quem diga , que o amor cego é,
Quem dera a mim cegar-te.
Não por mal meu amor,
Mas talvez...
Apenas um pequeno talvez..
Podesses tu finalmente ver, quão injusto foi viver esta dor.
Protestando a paixão.
Deixando de vez esta união.

E por uma ultima vez, sim prometo que se trata da ultima,
Digo-te, oh principe das frases afiadas,
Amo-te. Amo-te a ti, e as tuas perfeitas fachadas.

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