Lunar • Solar

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Tão pouco o tempo que te tenho nos meus braços
Tão pouca a poeira que deixas ao passar
Já que tu, feito Lua
Entras sem o chão pisar, pareces levitar, o meu coração em ti rodopiar
Pairar , feito trapezio, numa corda
Num limbo, sonoro que faz sentido
Tão poderoso é este eclipse
Tão nobre é este dito w prometido amor.
Falando de mim, ousado Sol
Perdendo as contas às palavras tontas
Letras loucas, duramente roucas
Moucas, Sol das acções soltas
Bocas, lábios em constante União
Tu apertas a minha mão
Arde um fogo de paixão
Queima-se este colchão
Rasga-se meu lamento, perdição
Comete-se o crime ao portinhol
E a lua beija o sol.
Ecplise total, fascínio moral
imortal, ideal, alma celestial
Promessa contratual, amor sem ponto final.
Afinal, navego a barca e a lua me guia
Corro no planalto do sol que ilumina
Esta minja cantiga, dor amiga
Tão pouco é o tempo que te tenho nos braços
Tão pouco é o tempo que tenho para dizer que te amo
Que te quero, que te espero
Lua que me fazes tão bem
Sol, que me tornei
Que podia perder tudo
Só para te manter , meu rei

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