Pov. Rain
Ella segurou o Holo nas mãos, completamente desligado e do tamanho de uma bola de golfe. Ela olha para ele enquanto eu puxo o colchão da parede. Ela cantarolou uma música sem palavras, como se estivesse adormecendo. Lynn estava desmaiada no quarto quando voltamos. Era quase meia-noite e todos estavam ansiosos para descansar um pouco, apesar das nossas preocupações cautelosas. Concordamos que dormir era a melhor coisa para todos nós.
Coloca o colchão com cobertores extras que encontrei no armário e alguns travesseiros macios. Percebo que Ella ainda está segurando o Holo olhando atentamente para ele.
- "Ella?" - eu a chamei.
Ela levantou a cabeça piscando em alerta. Ella avista a cama improvisada e seus olhos brilharam com sonolência.
- "Oh, obrigada Rain." - ela olha timidamente para mim. - "Pena que não há muitos lugares para dormir."
- "Posso aguentar alguns dias, não se preocupe" - tiro os meus sapatos e me jogo sobre as cobertas com calça, camisa e tudo. - "Deveriamos dormir um pouco, Ella."
- "Eu sei, eu sei." - ela disse mas não parecia crível.
Eu me sentei.
- "O que há de errado? Aconteceu alguma coisa com o Holo?"
- "Não, não tem nenhum rastro." - ela seguiu a minha liderança e subiu na cama, suspirando quando o seu peso leve afundou no colchão como uma tonelada de tijolos. Ela me viu olhando para ela ainda, a dúvida deve ter sido escrita em todo o meu rosto. Seus olhos verdes me afastaram, mas ela fala assim mesmo. - "Diga-me uma coisa. Sobre...quando você era criança."
- "Não foi tão ruim." - digo surpreendendo a mim mesma e a ela também. - "Não nos primeiros anos. Eles educam você primeiro, quase sem bater ou arranhar, mas não foram gentis." - eu senti como se estivesse falando comigo mesma, minha voz estava tão baixa e Ella se inclinou um pouco mais para perto. - "Eu fui escolhida para ser orientada por um diretor, você sabe o que é isso, e ele foi surpreendentemente gentil. Ele tentou me preparar." - era evidente para mim agora para o que ele estava me preparando. Eu era o prêmio, e ele era um caçador de recompensas. Ele mentiu sobre quem ele era, mesmo que eu fosse apenas uma criança, ele me venderia quando chegasse a hora. Ele sabia tudo sobre mim; o que eu era, e me marcou como um gado. - "Por que você pergunta?"
Ela encolheu os ombros com os olhos baixos.
- "Você lembra de quando eu te contei sobre quando eu era criança? Eu era mimada, era isso o que eu realmente era."
- "Você disse que o seu pai havia ido embora e a sua mãe faleceu." - eu tentei argumentar, mas isso foi o mais longe que pude ir.
Ela zombou virando a cabeça para o lado, mas ela não protesta.
Eu não conseguia formar as palavras para compensar o silêncio dela. Ela estava certa, e uma parte de mim sabia disso; uma grande parte, mas havia uma mancha de injustiça.
- "Pelo menos você conheceu seu pai. Eu só tinha um diretor e ele acabou sendo um caçador de recompensas, por caçar os amaldiçoados." - eu digo tentando animá-la.
- "Alastair Reinere." - ela disse. Esse nome parecia tão estranho pra mim; eu sempre o conheci como Christopher, e seu sobrenome era Shurell. Ella parecia fascinada pelo nome, seus olhos o seguraram for uma fração de segundo mais do que o necessário. Eles voam de volta para mim. - "É como se os nossos pais tivessem falhado conosco."
Eu assenti.
Achando isso estranho ironicamente apropriado. Meus pensamentos se voltaram para o que ela diz ontem.
- "Quem está nos seguindo, Ella?"
Era como se as estrelas tivessem caindo do céu. A cabeça de ela caiu como uma pedra, suas mechas loiras pegaram a luz.
- "Eu só...tenho esse sentimento. Não são os militares, nem os caçadores de recompensas. Nem acho que seja Lúcifer." - ela acrescentou em voz baixa, como se a simples menção a ele traria consequências devastadoras. Minha expressão é o suficiente para ela entender, porque ela disse. - "Não se preocupe, Rain. Quando chegarmos vamos a Newmerica, tenho certeza que esse sentimento irá desaparecer."
Mas seu olhar estava implorando para eu duvidar de cada palavra dela. Como um grito no escuro, seu medo cruzou o precipício da razão e da lógica, para mim. Isso me avisou para ter medo. Ela me desafiou vai dormir à noite, provocou minhas crenças, meus instintos. Eu disse a mim mesma para desviar o olhar, para não pensar em nada. E olhar de Ella continuou me desafiando a fazer exatamente isso. Vire-se! Desvie o olhar! Atreva-se.
- "O que foi, meu pequeno hobbit?" - ele acariciou minha bochecha, seus olhos hesitantes observaram cada movimento meu. Fecho os meus olhos abri escutar o antigo apelido.
- "O que Nathaniel te disse antes de morrer?"
A pergunta o pegou desprevenido. Sua mão vacilou com suas carícias contínuas. Ele viu a urgência em meus olhos Eu vi algo nele ceder.
- "Não pode ser verdade, Rain."
- "O que não pode?"
- "Ele me disse que Nora estava indo embora para encontrar que pudesse negar a minha reivindicação ao trono. E que eu devia matá-la antes que ela faça isso."
- "Você é o príncipe. Como alguém poderia negar..."
Nós dois pulamos quando escutamos som da sirene ecoar por todo navio e logo em seguida ouvimos Lynn bater na porta gritando.
- "Levante-se! O barco está afundando!"
Dante se levantou e abriu a porta. Rufio ficou paralisado e Lynn estava com uma bolsa em cima do ombro. Lynn e Rufio olhou para Dante e depois pra mim, o que me fez ficar vermelha.
(...)
Havia caos no convés. Grupos de vampiros e escravos estavam acumulados em ambos os lados do navio.
Ouvi gritos de confusão destilados dos senhores e até dos escravos que estavam perfeitamente complacentes e entorpecidos nas docas.
Então, eu pude sentir, uma inclinação íngreme na parte de trás do barco, subindo de forma constante e perigosa. Lynn havia pulado no convés rápido demais, tropeçando e perdendo o equilíbrio um momento antes de se endireitar.
- "Porque os botes salva-vidas não estão prontos?" - Lynn perguntou.
Havia barcos pendurados, amarrados com cordas e correntes de couro. Ninguém moveu nenhum dedo para desatá-los ainda.
O príncipe disse alguma coisa, mas em vez de observá-lo, Eu estava olhando para o céu. Para meu espanto, manchas vermelhas e cinzas desciam até o chão como se fossem neve. Elas caíram na minha mão, criando uma pilha de poeira que instantaneamente queimou a minha pele. Eu pulei, deixando as partículas caírem no chão.
- "Dante!"
Ele também viu; de fato, todos os passageiros estavam em silêncio com suas cabeças inclinadas para cima. A preocupação com o navio afundando foi esquecida.
E apenas um segundo depois, gritos irromperam o lugar como um vulcão, transbordando de medo e horror enquanto a poeira que era aparentemente inofensiva queimava buracos através de suas peles. Isso só poderia significar uma coisa: Lúcifer estava aqui.
De repente ver algo surgir nos olhos de Rufio, era mais do que horror pelo que estava queimando a sua pele, mais do que todo o medo combinado no navio.
- "Ella!" - então que vi Rufio correndo pela multidão de pessoas, gritando o nome de Ella até que enfim os gemidos dos passageiros sufoca a sua voz no esquecimento.
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Laços de Sangue - Sua Maldição (Completa)
ВампіриEstamos fugindo há quatro meses. Nas semanas que se passaram, estamos tentando ir para casa. Se chegarmos em casa, teremos uma chance. Todos esses meses se pasaram sobre todas as nossas cabeças. Não me lembro mais sobre como era ser uma escrava e as...