Laços de Sangue - Sua Maldição (Completa)

** Raio de Luz **

Pov. Rain

Eu estava totalmente paralisada. Eu não conseguia mexer nada, apenas os meus olhos que viam Dante e Samena se enfrentando.

- "Demônio!" - seus gritos encheram o ar quando ela se lançou sobre ele atacando o Aswang, rolando para o lado Dante arranhando e atirando nela como um cão raivoso, seu corpo esquelético ainda estava fumegando e com fumaça e cinzas.

Tosse, mas doeu mover meu peito e, pior ainda, sentir todos os meus ossos se encaixando de volta no lugar, parecia o som de pipoca estourando. Eu ofeguei quando a dor explodiu no meu peito e minha coluna se quebrou no lugar, se desenrolando como uma corda atada. Eu podia mover meus dedos, mas isso era tudo. Estiquei meu pescoço para ver Samena sendo jogada para o lado, mas agarrou o demônio antes que ele tivesse chance de fugir. Ela rosnou e arrancou um dos ossos do demônio enquanto ele uivava. Dante pegou Samena pela garganta e a esmagou no chão com força trêmula quando o chão embaixo dela rachou. Samena o golpeou com tanta força que sua mandíbula torceu para fora e agora estava balançando frouxamente. Dante gritou mas bateu em Samena, segurando os seus membros enquanto ele se abaixava e o fogo acendia em sua boca, sugando a vida de Samena quando ela começou a se contorcer e se afastar.

Tossindo e cuspindo, tentei alcançá- la, tentei gritar mas senti como se estivesse sendo despedaçada. Comecei a engasgar com os meus gritos, a dor era insuportável, não sentia força nos membros e minha mente estava ficando turva e lenta. A dor havia bloqueado a minha audição, mas eu sabia que Samena estava gritando para que parasse. Eu não sabia o que estava acontecendo, apensa sabia que estava sendo dividida ao meio. Dante engasgou algo incoerente e tudo o que eu podia fazer, foi olhar com a visão embaçada quando o rosto de Samena foi queimado, a luz violeta brilhava em seu corpo, mas era consumida pelo fogo do Aswang.

- "O que você quer?" - eu chorei, minhas unhas cravaram nas minhas mãos suadas e úmidas. Ofeguei quando senti a ira de Dante inundar meu corpo enquanto passava as mãos de esqueleto em volta de mim.

Ele sorri com a minha agonia.

- "Eu sei o que você acabou de fazer, te mando me levar de volta a Língua..." - ele apertou a sua mão e eu me.contorcia por ar. Mesmo com minhas habilidades aprimoradas, eu era impotente contra o Aswang. - "Mas porque não usar você? O Thri'gue se importa com você e eu não vou persegui-lo novamente. Ele terá que vir até mim!"

Minha visão havia escurecido nas bordas. Vi através de uma visão de túnel uma figura com cabelos loiros e um rosto furioso que brilhava com ódio. Eu pensei que estava vendo um anjo até que o homem arrancou a cabeça do Aswang e jogou corpo em um prédio, fazendo um buraco se abrir, foi quando finalmente reconheci Joseph. Vi Lynn se curvando sobre mim com os olhos preocupados, e Fae, apoiou minha cabeça.

- "R-Rain, você pode me ouvir?" - ela perguntou olhando para mim com seus olhos inocentes arregalados.

Eu respirei terrivelmente devagar e gritei.

- "S-sim...me tire daqui..." - eu tossi e isso enviou onda de dor através de mim. Lynn e Fae cuidadosamente me pegaram. Eu estremecidos e mordi o meu lábio, não querendo que elas percebessem.

- "Rain!" - Joseph me chamou segurando a minha cabeça em suas mãos. Eu sorri Pr ele e segurei a mão dele. Uma espada estava presa em suas costas, mas ele não a usou nenhuma vez.

- "Não deixe esse criatura sumir de sua vista!" - Lynn ordenou a Joseph e ele assentiu, me dando mais um olhar antes de voltar. Lynn deu apenas dois passos antes que seus olhos se arregalaram e ela gritasse. - Cuidado!"

Fumaça, poeira e cinzas subiram acima de nós,  como um enxame e dispararam no ar até não podermos vê- lo. Ouvi isso suspirando e cacarejando enquanto passava me dando arrepios que somente um pesadelo deveria dar. Enquanto observava a nuvem negra desaparecer no céu; sabia que Dante havia escapado e, para meu maior medo e tristeza, seu desaparecimento confirmou o fim de Ward, porque fui eu quem liderou o Aswang a cobrar a dívida que devia. Por isso, eu nunca me perdoaria.