** O Holo **

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Pov. Rain

- "Você acha que Nora o matou?" - Ella teve que apressar seus passos para acompanhar Dante.

- "Só se ela fosse provocada."

Nós estávamos o seguindo por um corredor acarpetado, cortinas vintage e iluminação fraca alinhando o caminho. Nossos passos eram leves, mas qualquer um podia sentir as vibrações reverberantes enquanto andávamos mais nós corredores desconhecidos.

- "O Holo está por aqui. Melhor chegar ao sistema agora enquanto eles estão os perseguindo."

- "Você acha que eles vão pegá-los?"

- "Não. Dessa forma."

Dante levou o nosso pequeno grupo por uma parede de portas. Estava mais frio lá do que nos quartos de hóspedes. Passamos por uma coluna de escadas, descendo como uma espiral sem fim. Começou a ficar muito frio, mordendo nossas roupas quando chegamos no térreo. Havia apenas luz artificial, nenhuma janela revelando o exterior e achei que talvez descessemos para o subsolo.

- "Você está com o chip?"

Ella assentiu e pegou um cartão em branco, um que eu não tinha visto antes. Ela ficou presa na fenda ao lado da parede e abriu a porta em um único clique.

- "Onde está o Holo?"

A luz se acendeu, forrando o perímetro e iluminando uma única bola em forma de esfera presa no alto de uma coluna estreita. O chão sob os meus pés se iluminou com fusos de luz neon, nadando no chão de vidro, seguindo um labirinto de  caminhos; as paredes eram as mesmas, movendo os pontos ao longo do lado como o interior de um computador.

Ella não perdeu tempo, caminhou confiantemente para a esfera lisa e límpida. Ela pegou o mesmo cartão que usou para abrir a porta e o colocou na superfície da bola.

- "Quanto tempo nós temos?"

- "De acordo com isso, oito minutos." - Rufio respondeu olhando para as câmeras de desligadas que nós tínhamos e desinstaladas e o resto delas estavam presas no canto da sala. - "Esse lugar é estranho."

O Holo brilhou na frente de nós, abrangendo a largura da sala de um lado para o outro. Não fazia nenhum barulho, e era uma simples tela em branco com símbolo que parecia uma corda emaranhada presa no globo no final. Um teclado delineava o rosto de Ella, definindo os duros vincos de concentração e a tonalidade dourada em seus olhos verdes. Ela pegou outro cartão, aquele que eu vou bem de Vicente Olonsky, que matei há semanas atrás. Ella fez o mesmo, o colocando na superfície curva da bola do tamanho de uma bola de futebol.

Lynn ficou de guarda ao lado da porta, a agitação estava estampada em seu rosto. Dante desceu a parede, percorrendo as pequenas linhas sulcadas onde faíscas de luz corriam de um lado para o outro numa corrida constante.

-  "Você não pode estar falando sério, eu lhe dei permissão."

- "O que?" - eu jurava que ouvi uma voz atrás de mim. Olhei ao redor e encontrei Rufio que falou, mas eu fui confrontada por uma parede.

- "Rain?" - Rufio disse, seus olhos estavam mergulhadas em dúvida, seus olhos estavam voltando ao dourado, levando o verde neles. - "Você ouviu alguma coisa?" - seu rosto era uma lavagem de cor, seu cabelo exibia um tom estranho. Pode ter sido por causa da iluminação, mas as sombras não pareciam certas.

- "Mas Mance nunca gostou dele, então eu posso ver o porque ela não deixou vocês usarem o Holo." - a voz era estranhamente familiar, a semelhança disso rastejavam em meu crânio.

Essa era a voz do mestre das máscaras.

- "Nathaniel usou o Holo para fazer as identidades? Não há um único arquivo aqui, é como se tudo tivesse sido apagado." - o dedo de Ella deslizou, as luzes brilhavam enquanto a tela seguia os seus comandos. - "Uma para cada um de nós, certo? Não é tão difícil. O cartão de Vicente nos daria o acesso à Guarda do Pacífico, mas vai deixar rastros."

Laços de Sangue - Sua Maldição (Completa)Where stories live. Discover now