Capítulo 68: Encontro de gente grande.

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- Que merda é essa? - Disse o Gabriel totalmente irado por terem destruído o seu carro, enquanto eu estava meio que em transe com um nome ecoando na minha cabeça.

Vitor.

Não tinha nenhuma sombra de dúvida que era ele quem havia feito aquilo.

- Eu vou matar aquele desgraçado! - Bom, pelo visto o Gabriel também já tinha certeza de quem era o real culpado. - Merda! Merda! Merda!

- Você não vai fazer nada Gabriel! Não vai adiantar.

- O cara me ameaça, ferra com o meu carro e eu não vou fazer nada? Qual foi Júlia? Logo você me pedindo pra ter sangue de barata?

- Não é isso! O cara está surtado Gabriel, ele é perigoso! Ele matou o próprio pai, ele não terá nenhum remorso em fazer isso com você também.

- Eu não tenho medo daquele mané. - Sorriu debochado.

- Mas eu tenho, e você não vai fazer nada. É só um carro Gabriel! Você logo concerta isso. Agora, por favor, só vamos embora daqui. Ele deve estar, sei lá, sentando em algum canto assistindo nosso desespero de camarote.

- Você não pode estar me pedindo pra agir como se aquele filho da mãe não tivesse me ameaçado!

- Não, eu não estou te pedindo isso. Só estou te pedindo pra não agir de cabeça quente e pra irmos embora daqui. Você não consegue enxergar que isso é tudo o que ele quer caramba? Só vamos embora, por favor.

- Eu vou matar aquele infeliz.

- E vai se tornar um monstro igual ou pior que ele Gabriel! Deixa de ser idiota. - Respirei fundo. - Quer saber, vá atrás dele e se matem, eu não preciso ter nada haver com isso mesmo. - Eu estava praticamente cuspindo as palavras diante da raiva que eu estava sentindo de tudo aquilo.- Eu vou pra casa. - Sai andando e bufando no sentindo da minha casa mas, obviamente ele não deixou.

- Você não pode andar por aí sozinha, não com esse louco a solta por aí.

- A agora você está com medo do Vitor? Por favor né Gabriel! - Ele respirou fundo. - Eu só quero ir pra minha casa, tá legal? Estou exausta!

- Eu te levo, prometi que levaria. - Ele me puxou pra um abraço.

- Só me promete que não vai agir de cabeça quente? - Ele ficou em silêncio, me fazendo desgrudar daquele abraço. - Gabriel?

- Eu prometo. - Nem ele mesmo acreditou nas próprias palavras. - Agora vamos.

Nós então entramos no seu carro e seguimos o curto trajeto até o meu prédio em um silêncio ensurdecedor.

- Aquele convite pra passar a noite aqui com você ainda está de pé? - Eu o encarei furiosamente. - Tá, já entendi.

- Desculpa Gabriel, eu-eu só estou precisando de um pouco de espaço essa noite. - Lhe dei um beijo rápido. - Vá direto pra casa, ok? - Ele desvencilhou seu olhar do meu. - Gabriel, você me prometeu.

- Descansa minha linda. - Ele me deu um outro beijo rápido e eu fiquei o encarando incrédula.

- Quer saber? Vá se ferrar Gabriel! Só não diga que eu não avisei. - Desci do carro extremamente irritada e fui entrando no meu prédio, sem paciência de esperar o elevador subi andando as escadas até o meu andar e entrei brutalmente no meu apartamento.

- Eita! Que furacão é esse? - Guilherme surgiu da cozinha assustado. - Que cara é essa mulher? O que rolou?

- Se o idiota do seu amigo aparecer ferrado ou morto, você pode até o ajudar. Por que eu sou capaz de terminar de matar ele.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora