Capítulo 15: Queriam atitude? Terei.

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Pensei em não ir ao colégio hoje, assim que a minha mãe me acordou. Mas algo me disse que era melhor eu ir. Não que eu faça a linha sensitiva ou coisa do tipo, mas é que não são todos os dias que você acorda sentindo que será melhor em ir na aula, normalmente sempre penso o contrário.

- Bom dia. - Disse me servindo meu copo duplo de café. - Mãe! Meu castigo acabou.

- Quem disse isso? - Pai.

- Fiz um trato com a minha mãe. - Pisquei pra ele. - Ou seja: me devolvam meu celular, já são cinco dias sem meu telefone.

- Manuela! - Meu pai a repreendeu.

Pensaram que eu não séria capaz de trabalhar muito e terminar as coisas a tempo, logo eu que amo um desafio.

- Trato é trato Lucas. - Deu de ombros. E saiu pra buscar meu telefone.

- Vem pra mamãe bebê! - Peguei meu telefone.

Juro que não sou viciada em telefone, mas tudo o que me proíbem me deixa louca.

- Devidamente equipada agora! Bom, vou pra escola, Gabs já deve estar chegando. Beijos!

- Seu castigo terminou mas continuo de olho em você. - Pai.

- Você sempre esteve pai. - Revirei os olhos. - Mas agora estou espertinha e vou dar beijinhos nos rolês, na rua. Qualquer lugar a não ser aqui em casa, porquê aqui é crime.

- Júlia!

- Beijos, até mais tarde.

Sai de casa, encontrando com o Gabs virando a esquina.

- Eita sorrisão, o que aconteceu? - Mostrei meu celular.

- Alguém aqui está livre do castigo. - O abracei.

- Ah finalmente! Já estava cansado de conversar com o Matheus no whatsapp porquê você não estava lá. - Saímos andando pro colégio.

- Mas estou de volta gatinho! Pra tudo! Finalmente livre!

- Até pra dar uns beijinhos na sua casa? - Debochou.

- Pelo amor de Deus! Me beija em qualquer lugar, menos na minha casa.

- Ah é? Então posso te beijar em qualquer lugar agora é? - Me prensou no muro mais próximo.

- Talvez. - Passei as mãos sob o seu pescoço.

- Está falando sério?

- Estou Gabriel. Mas isso não muda muita coisa, afinal de contas você está me beijando onde quer, e quando quer mesmo. Sem ligar pro meu medo de estragar nossa amizade. Ah Gabriel! Para de duvidar de mim e me beija logo! - Sorri.

Não se assustem ou achem que estou cem por cento confiante que isso irá dar certo. Porque só consigo pensar na merda que tudo isso pode dar.

Mas pensem comigo: a) o Gabriel está afim de mim, b) eu estou totalmente viciada nos beijos dele. - Sei que só tem uma semana que estamos dando uns beijinhos, mas já ouviram meus amigos dizendo, não sei me envolver pouco. Quando vejo já estou sendo a trouxona, sempre. - Enfim, acho que o mais certo é juntar a + b e ser feliz, pelo menos enquanto da certo e antes da víbora da Jade tentar atrapalhar. Sorte que pelo menos a Raíssa com certeza não se interessa pelo Gabs, o que torna as coisas mais fáceis. Afinal assim só tenho que tirar ela de perto do meu mais novo irmão.

- O que está passando na sua cabecinha?

- Nada. - Abracei ele lado entrando na escola, hoje estamos em cima da hora, porque demoramos dando uns beijinhos, então nada de passar e ver os amiguinhos hoje e sim irmos direto pra sala.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora