Capítulo 58: Júlia Holmes.

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Nada como a minha rotina em plena segunda-feira após um final de semana agitado pra me lembrar do que eu gosto e do que me tornei.

Acordei um pouco mais tarde do que vinha acordando na casa dos meus pais, tomei um banho quente e vesti roupas bem quentinhas contrastando com o frio que está fazendo, terminei de me arrumar e fui tomar café, apenas café puro e bem forte.

Morando a dez minutos de caminhada do escritório, sai um pouco mais cedo do que precisava apenas para ir lentamente e conhecer minha nova vizinhança. Um bairro mais antigo, com um toque leve de sofisticação com alguns prédios não muito altos, exceto o da empresa que era constituído por doze andares e dava pra ser visto a uns três quarteirões de distância.

Quando cheguei no mesmo havia uma pessoa me esperando, encostado em seu carro e eu naquele momento queria um buraco pra enfiar a cabeça.

- Ei! - Me aproximei dele que nem havia me visto chegar, enquanto rodopiava as chaves do seu carro.

- Hey! - Ele sorriu e por dentro estava dando alguns suspirinhos. - Como você está?

- Estou bem obrigada! O que está fazendo aqui?

- Bom, você saiu sem se despedir ontem e eu queria saber se está tudo bem.

- Foi mal por ontem, mas acordei bastante cedo e fiquei com pena de te acordar. Aí acabei preferindo...

- Ir embora com o Gabriel? - Disse com um sorriso amarelo no rosto e eu parei por alguns segundos. - Jade viu vocês saindo juntos.

- Bom, Gabriel me deu uma carona até em casa sim. - Dei de ombros.

- Desculpa Júlia, não quero te cobrar nada... Nem posso.

- É, não pode. - Sorri. - Vitor, achei ótimo estar com você ontem, anteontem, não sei ao certo. Mas, sei lá, estamos nos reencontrando agora, não precisamos colocar coisas onde não tem.

- É, você tem razão. - Disse seco. - Mas enfim, está bem mesmo? Não foi embora por que eu fiz algo de errado né?

- Não! Sério, você foi ótimo! Eu só precisava ir pra casa trabalhar um pouco e falando em trabalho, não posso me atrasar. - Sorri. - Nos vemos depois?

- Se me prometer não ir embora sem se despedir. - Ele desamarrou a cara e me puxou pela cintura.

- Vou pensar no seu caso. - Lhe roubei um beijo rápido. - Até mais! - Me soltei dele e fui entrando na empresa trombando com o Gabriel. - Oi!

- Bom dia, namoradinho veio te visitar hoje? - Zombou enquanto íamos rumo ao elevador.

- Culpa da sua "namoradinha" que contou que fomos embora juntos ontem.

- Uma noite e ele já está com ciúmes?

- Nem dormimos juntos e você também está Gabriel. - Sorriu pra ele e entrei no elevador. - Bom dia Paulo!

- Bom dia meus queridos! Como foram de pós-festa?

- Ótimo e você? - Perguntei.

- Melhor seria se fosse com o seu irmão. - Revirei os olhos. - Ele é uma gracinha. - O elevador parou no nosso andar e ele me deu passagem pra que eu saísse primeiro.

- Bom dia! - Aline nos recepcionou e automaticamente Gabriel e eu respondemos de forma cúmplice e educada, ao contrário do Paulo.

- Bom dia senhorita Aline. - Ele disse de forma rude e ela encolheu os ombros.

Aquilo me causou uma sensação estranha, havia algo esquisito na relação dos dois.

- Minha agenda. - Ele manteve o tom rude com a secretária.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora