Capítulo 4: Alguém me explica que baile foi esse?!

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Quarta, quinta, sexta e sábado!

Ah sábado!

Hoje é dia de festa! E acho que nunca estive tão ansiosa pra esse baile como hoje, talvez seja porque vou com os dois caras mais gatos da festa, e mais ainda pelo fato de um deles ser o Guilherme. Já que se tudo der certo, e o meu anjo da guarda estiver de bom humor comigo, eu saiu desse maldito zero à zero.

Bom, pelo menos essa é a minha meta.

- Ansiosa? - Perguntou Gabriel, enquanto andava de um lado pro outro na pista de skate.

- Acho que sim, e você?

- Em te dividir com aquele cara? Não mesmo. Ainda não estou acreditando que vou fazer isso por você. - Revirou os olhos. - Bem que esse cara podia sei lá, ter uma dor de barriga, ou uma parada cardíaca.

- Gabriel! Desde quando você tem uma mente tão má?

- Desde segunda-feira, eu acho. Brincadeira! Eu nasci assim, só estou te mostrando essa face da moeda agora. - Sorriu maquiavélico. - Tá, eu só estou com medo de outro garoto te fazer de trouxa, como aquele mané do Vitor fez, e você ficar mau como ficou. 

- Não acredito que o Guilherme seja igual ao Vitor.

- Você e sua inocência. - Sentou ao meu lado na calçada, ao lado da pista de skate. - Você é boa demais pra ver maldade nos outros Júlia. - Ele me abraçou de lado. - E bom, esse Guilherme tem cara que está escondendo algo, e você sabe que não erro quando sismo com essas coisas.

- Está me agorando Gabs?

- Estou te alertando, é diferente. Mas sei que não vai me ouvir mesmo. - Deu de ombros. - Agora é melhor irmos embora, não quero encontrar a minha acompanhante toda acabada para a festa. - Lhe dei um soco no braço.

- Engraçadinho. A meta é ir bem plena para essa festa. E para isso combinei de ir fazer minhas unhas com a Bruna, a final de contas isso é algo que não consigo fazer por mim mesma graças a minha-nenhuma habilidade.

- Quer que eu te acompanhe?

- E você ainda tem dúvidas? - Revirei os olhos e levantei do chão, limpando o meu short. - E anda logo que estou atrasada. - Sai o puxando pelo braço, e fomos caminhando já que o salão é a duas quadras da praça onde estávamos. 

O Gabriel e eu fomos conversando até o salão, sobre como ele vai me prender em uma algema junta ao seu braço, pra não ter risco deu fugir com o Guilherme, e acabar o deixando sozinho ali.

É muito drama pra pouco Gabriel!

A conversa estava até engraçada, a pena foi que ela teve de ser interrompida, por um ser que poderia estar do outro lado do mundo. Porque só de ouvir sua voz eu tive ânsia de vômito.

- Júlia? - Ô anjo da guarda! Porque você está me trolando logo hoje?

- Me diz que eu bebi horrores, e já estou louca tendo alucinações. - Eu não queria olhar pra trás e ver quem me chamava.

- Ei Júlia! - A voz foi aproximando. - Quem bom te ver. - Me virei, e o meu ranço só aumentou quando vi o traste.

Que está mais bonito do que nunca.

Mas ainda um traste.

- Pena que eu não consigo dizer o mesmo, Vitor.

- Vem Jú, vamos embora. - Gabriel foi me puxando.

- Ora, ora! Se não é o "amigão", como anda a friendzone? Não se cansou não? - Gabriel cogitou avançar no Vitor, e eu até deixaria. Caso não tivesse o risco do meu par do baile, ir pra festa com um olho roxo.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora