Capítulo 13: Talvez eu esteja com ciúmes.

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Acordar no dia seguinte com sua mãe te acordando pra ir pra escola, já que o seu celular está confiscado por tempo indeterminado, além de saber que seu castigo só aumentou ao invés de diminuir por causa de alguns - excelentes - beijinhos, poderia ser pior, por exemplo, minha mãe poderia não ter intervindo, e eu talvez fosse parar em um convento ou internato.

Por que não, eu não duvido da capacidade do meu pai em fazer isso comigo. Ele tem um ciúmes de mim, que às vezes o acho um louco possessivo.

Às vezes eu tenho certeza que ele é assim.

- Bom dia família. - Bebi minha xícara de café matinal, quando ouvi baterem na porta.

Gabs!

- Tchau família! - Peguei meu material e fui saindo de casa, até que meu pai deu uma surtada.

- Você não vai pra escola sozinha com esse garoto. - Revirei os olhos.

- Ah para pai! Você sabe que eu ir ou não pra escola com o Gabriel não muda o fato de estudarmos juntos certo?

- É, eu sei. Por isso ainda cogito o internato.

- Para de bobeira Lucas. - Minha mãe acertou um tapa na testa dele. - Até parece que você não dava uns beijinhos na época de escola. Vá com Deus minha filha. E não se esqueça que vai pra clínica comigo hoje.

- Tá, tudo bem. - É melhor que ir pra um convento! É melhor que ir pra um internato!

Esse mantra é pra tentar ver com bons olhos o meu castigo.

Apesar que eu acho ridículo ainda estar de castigo.

Já tenho dezessete anos, caramba!

Mas quando uso esse argumento com meus pais, minha mãe disse que posso estar com trinta que se precisar me dar umas palmadas e/ou me colocar de castigo, ela irá fazer.

Chato!

- Bom dia Gabs. - O abracei.

- Bom dia gatinha! - Deu um beijo no topo da minha cabeça. - Pela sua demora imaginei que seus pais estivessem à mantendo em cativeiro, sabe, pra te manter longe dos meus beijos. - Revirei os olhos.

- Bom, se dependesse do meu pai isso poderia de fato acontecer mas, pelo menos a minha mãe ainda funciona bem de suas faculdades mentais e não permitiu que meu pai me internasse em um colégio interno.

- Não acredito que ele pensou nisso, só porque nos viu dando uns beijos. Imagina se estivéssemos tranzando. - Fiquei roxa de vergonha, só de a) me imaginar tranzando com o Gabriel; b) o meu pai abrindo a porta e assistindo aquilo de camarote.

Meu Deus! Iria querer enfiar minha cabeça embaixo da terra.

- Não precisa ficar vermelha Júlia. Na nossa primeira vez juntos, eu vou me certificar de trancar a porta. - Ele piscou pra mim, com aquele sorriso mais safado do que nunca no rosto.

Sou a melhor amiga de um traste.

- Cala a boca, Gabriel! E vamos rápido, já estamos ficando atrasado.

- Ah aula pode esperar só mais um pouquinho. - Ele me puxou e me beijou.

Aaaaaah!

Eu não estou sabendo lidar com esse Gabriel-afrontoso, dono de um beijão-da-porra.

Sério estou ficando viciada nisso.

E não considero que isso seja algo saudável.

Não pra minha mente.

- Gabriel!

- Ah para! Eu já estava louco pra te beijar desde ontem quando seu pai nos interrompeu. E para de charminho, eu sei que você também estava querendo um beijo de bom dia.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora