Capítulo 32: Quem estava errada aqui? Ops!!

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- Vitor, não espera! - Coloquei minhas mãos à frente do corpo para o impedir.

- O que foi? - Arqueou as sobrancelhas. - Desculpa Júlia! É que pensei que você também quisesse. Foi mal! - Coçou os cabelos.

- Não é questão de não querer Vitor. A questão é a quantidade de coisas que estão acontecendo nos últimos dias, estou meio-balançada e confusa. E não quero que as coisas dêem errado, de novo.

- Tudo bem, não vou forçar a barra. - Sorriu amarelo.

- Obrigada! - O abracei. - Só um pouquinho de paciência carinha.

- Vou me esforçar, não quero estragar tudo de novo.

- Por isso paciência meu caro, paciência. - Sorri. - Até amanhã. - Dei um beijo no seu rosto.

- Até amanhã. Ei Jú! Posso te buscar amanhã?

- Paciência Vitor! Paciência.

- Tudo bem, até amanhã! - Me deu um beijo no rosto e foi pro seu carro, enquanto eu tratei de entrar em casa.

E por um instante pensei em voltar pra rua, minha mãe estava parada no pé da escada me encarando como uma sargenta:

- Pensei que seu castigo terminava à uma hora atrás. - Olhou pro relógio em seu pulso e voltou a me encarar.

- E terminou. - Dei de ombros. - Estava apenas conversando com um "amigo".

- Que amigo Júlia? Gabriel?

- Deus me dibre. - Bufei. - Não existe só o Gabriel no mundo mãe.

- E por quê não me mandou alguma mensagem? Está achando que pode fazer o que quiser?

- Alguém dormiu com calça jeans naquele quarto? Pensei que eu não estivesse restrita a "casa-escola" "escola-casa". Estou?

- Não. Porquê seu pai e eu não achamos necessários. Mas isso não é motivo pra você sair fazendo o que quiser Júlia.

- Gente do céu! Que implicância é essa comigo agora?

- Não é questão de implicância Júlia! É zelo. Não quero você andando sozinha por aí Júlia, não sabemos o que pode acontecer com você numa dessas vezes.

- O que está rolando mãe? Sério? Eu sempre andei sozinha, e inúmeras vezes passei em outros lugares depois da aula sem avisar.

- Mas agora não quero que isso aconteça mais. - Ela estava apreensiva. Está me escondendo algo.

Isso anda virando rotina não é mesmo?

- Tá mãe, tudo bem! Sai com o Vitor, aquele dos gêmeos.

- O que você bateu na irmã dele?

- É esse mesmo. - Sorri. - Só fomos tomar um lanche, depois do expediente, nada demais. Satisfeita?

- Não custava ter me avisado Júlia. Fiquei preocupada.

- Mãe, está acontecendo alguma coisa?  - Arqueei as sobrancelhas.

- Não Júlia. - Respirou pesado.  - Está tudo bem. Agora suba pro seu quarto e vá tomar um banho.

- Tudo bem. - Passei por ela.

- Júlia, espera que um dia entenda o que seu pai e eu estamos fazendo por você.

- Não vamos falar sobre isso agora mãe. Quem sabe outro dia, em outra vida. Agora vou tomar meu banho. Até mais tarde.

(...)

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora