Capítulo 27: No meio do furacão, uma "salvação" vinda do passado.

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Nunca imaginei que viria parar na sala da direção, mas após dar uns belos tapas na Jade, tenho que confessar à satisfação que estou sentindo por estar aqui, sentada entre meus pais, de frente a diretora e ao meu advogado de defesa, meu professor de química.

- Senhores Penegrini, confesso o quanto estou assustada em finalmente tê-los em minha sala. Mas após a atitude de Júlia mais cedo, essa reunião se tornou inevitável. - Revirei os olhos. - Júlia, o que têm a dizer em sua "defesa". - Nossa isso realmente está parecendo um tribunal.

- Que eu bati na Jade por todas as cachorradas que ela já me fez? Ou você acha pouco ela destruir a minha vida contado pro mundo que estou grávida? Sendo que eu não estou.

- É estou sabendo essa história. - Disse a diretora. - Mas você não tem provas que ela inventou isso, certo?

- Você não estava lá na hora da briga, mas eu te conto. Ela admitiu que contou essa história para todo mundo. - Bufei.

- E você realmente não está grávida?

Ah que merda!

- Não! Caramba! Vou ter que registrar isso em cartório pra se tornar verdade absoluta agora?

- Nós estamos averiguando isso, senhora diretora. - Meu pai disse. Era melhor ele ter ficado calado.

- Não estou acreditando no que estou assistindo aqui. Vocês estão mesmo duvidando da filha de vocês? - Meu advogado disse. - Vocês preferiram acreditar na palavra de uma outra adolescente ao invés da própria filha?

Amo esse homem, se ele fosse uns dez anos mais novo e solteiro acho que até o pediria em casamento.

- E por um acaso você acredita nela? - Meu pai arqueou as sobrancelhas.

- Bom, alguém te que acreditar não é mesmo senhor? Já que nem os pais dela acreditam. Júlia é uma excelente garota, e tivemos uma ótima conversa ontem onde ela me expôs toda a situação, e eu não vi motivos pra desacreditar na palavra dela.

- Então ela te contou quem está acobertando?

- Não. Eu perguntei mas ela julgou melhor não fazer isso, e eu bem, eu respeitei sua decisão, e não julguei isso o divisor de águas pra não crê no que ela me disse.

- Nós viemos falar do meu filho inexistente, dos meus pais que não confiam em mim ou da surra que dei na Jade? Vamos lá! Vamos acabar com isso logo, vamos pros finalmente e me dê logo essa punição. - Esbravejei. Não aguento mais esse raio de assunto.

- Júlia! Comporte-se. - Mãe.

- Ah que saco! Vocês ficam só no mesmo assunto, mesmo assunto. Eu quero só a minha punição e acabar com isso logo!

- Júlia, mais uma palavra e o seu castigo triplicará. - Pai.

- Não tem como eu estar em três internatos ao mesmo tempo pai, então, qualquer coisa a mais ou a menos que vier não fará diferença alguma.

- Vocês vão à mandar pra um internato? - Disse meu professor assustado. - Vocês são o quê? Doentes mentais? A menina contou a verdade dela e vocês preferem a punir pela "verdade" de outros?

- Nós-nós não falamos que iríamos fazer isso, Júlia! - Pai.

Revirei os olhos.

- Ele estava procurando um internato que aceite adolescentes grávidas. Bobinhos. - Ri debochada.

- Júlia para com isso agora! - Mãe.

- Argh! Diretora termina com isso logo, pelo amor de Deus, passa a minha punição de uma vez!

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora