Capítulo 14: Vadia.

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Lá vem o meu despertador ambulante pela terceira vez.

- Júlia! Dá próxima vez venho lhe acordar com um balde de água.

- Não quero levantar! Mais cinco minutos.

- Mais cinco segundos Júlia. Vai levanta. - Me sentei na cama e fiquei encarando minha mãe. - Bom dia filha, te espero lá embaixo em cinco minutos. - Ela saiu do quarto e eu fiquei ali vegetando na cama.

Fala sério! Com cinco minutos nem o meu espírito desceu para o corpo ainda.

Não vejo a hora desse maldito castigo acabar e eu poder ser despertada por algo menos escandaloso, acreditem, a minha mãe é capaz de superar qualquer despertador.

- Bom dia. - Disse me jogando na cadeira, e me servindo um copo big-duplo de café. Digamos que o expediente na clínica dos meus pais ontem me deixou esgotada.

Mas se tudo sair como eu planejei, esse castigo termina hoje.

- Está tudo bem filha? - Fuzilei meu pai com os olhos. Estou com um cara de morta, bem eu não estou.

- Só fiquei cansada de ontem. - Ouvi baterem na porta. - Bom minha carona chegou. Até mais tarde.

- Cuidado com esse tarado! - Pai.

- Tchau pai. - Peguei meus materiais e fui saindo de casa, trombando com o Gabriel que estava quase dentro da madeira da porta. - Que susto Gabriel.

- Bom dia gatinha! - Me entregou uma flor que pegou no jardim da casa da vizinha, e me deu um beijo em seguida.

- Bom dia. - Ele está conseguindo me desarmar com um beijo. Preciso proibir isso! - E minha mãe vai te matar, se ela sentir o cheiro dessa flor. Bom isso se ela não inchar toda antes. - Peguei a flor da sua mão.

- Olha só de ver esse sorrisão as seis e pouca da manhã, já estou de boas em enfrentar a minha sogra.

- Para de me deixar sem graça. - Bati no seu braço. - Vamos pro colégio, Gabs. - Ele me abraçou de lado, e fomos andando pro colégio conversando.

Assim que chegamos ao colégio, como sempre encontramos com nosso casal quase totalmente preferido, claro, se não fosse a existência do Matheus.

- Gente, gente! Ontem foi mãozinha na cintura, hoje é abraçado. Estou como é que você diz Bruna? Shippando?

- É Matheus. - Bruna revirou os olhos.

- Para de bobeira, Matheus. Gabriel e eu sempre andamos abraçados.

- Ah para! A questão agora é diferente, Jujuba. Você e o Gabs estão se pegando.

- Nós não-é... - Fui interrompida pelo Gabriel.

- Estamos nos pegando mesmo! - Gabriel me abraçou pelas costas. - Demorou pra Júlia ceder aos meus encantos. Mas porra! Consegui. - Me deu um beijo no rosto.

- Acho que posso sentir ciúmes da Júlia agora. Certo? - Disse o Guilherme, cumprimentando os meninos com um toque-esquisito-masculino. - Ei gatinha. - Me deu um beijo no rosto e outro no da Bruna. - Fica esperto Gabriel! Conheço Júlia a pouco tempo mas pretendo proteger a minha irmã. - Piscou pro Gabriel.

Isso aí Guilherme! Me protege. Adoro!

- Bom, é hora de irmos pra sala. O sinal já tocou. - Disse. Os meninos concordaram e fomos pra sala.

(...)

A aula foi tranquila, silenciosa, mas também tivemos muita coisa pra escrever em apenas três horários de aula, antes de irmos para o intervalo.

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora