Capítulo 22: Filha de trouxa é o quê mesmo?

2.2K 157 49
                                    

- Ei! - Ele deu um sorriso surpreso. - O que você está fazendo aqui?

- É-oi, é nem eu sei o que estou fazendo aqui Gabriel. Queria conversar mas só de te olhar penso em te matar.

- Não, para! - Ele me pegou pelas mãos e me puxou pra sentar ao seu lado. - Vamos conversar. - Fez um aceno com as mãos, simulando que estava levantando a bandeirinha branca da paz.

Ah meu Deus o que eu estou fazendo aqui. Não posso mais fugir, certeza que é por isso que ele está me segurando. Pra eu não sair correndo daqui.

- Confesso que esperava encontrar qualquer pessoa aqui hoje, menos você. Não depois da nossa conversa mais cedo.

- É também não estava planejando vim te encontrar aqui mas, após uma conversa com a minha mãe...

- Não briga comigo porque eu liguei pra ela. Sério! Fiz isso porque fiquei preocupado com a sua atitude mais cedo, você não parecia nem de longe a Júlia que conheço. E não quero que você se torne uma Jade ou Raíssa da vida.

- Pensei que era desse tipo que você gostava?! - Arqueei as sobrancelhas. - Sabe altas, cheias de atitude, vulgares, quais eu desejo que morram sem sentir remorso.

- Não Júlia! Você é o tipo que gosto. Caramba cara, você já sabe que sou afim de você desde os doze anos. Aquilo que aconteceu sábado entre a Jade e eu, foi apenas um erro brusco e idiota. Qual eu não pretendo repetir. - Não vou acreditar nisso, ou vou?

- Foi mesmo, você é um animal Gabriel.

- Se tem uma coisa que eu estou sabendo é isso, que sou um animal. Afinal, o seu irmão, a Bruna e até o Matheus já me disseram isso umas mil vezes só hoje. Mas pior do que eles falarem, foi te ver mal comigo Júlia. Acho que nunca pensei que fosse te causar algum mal sabe?

- É, nem eu Gabriel. - Dei um sorriso amarelo. - Acho que sempre esperei ser magoada até pelos meus pais, mas não por você, e tão pouco com isso. Quando disse que tinha medo de misturar nossa amizade com outras coisas, era por quê tinha medo de abalar nossa amizade por qualquer motivo que fosse, mas trouxisse era o último ponto que eu teria medo.

- Eu estraguei tudo né? - Disse enfiando a cabeça entre as mãos. - Só não diga que eu estraguei você também. Porque sabe Júlia você é a garota mais interessante que eu já conheci, e você conseguiu em mais de quinze anos que nos conhecemos nunca perder esse encanto. Então saiba que por mais que as "najas" como você mesma diz, sejam gatas e tals, elas nunca chegarão aos seus pés. E te garanto que se eu tivesse ficado com a Jade mais tempo daquela outra vez, não haveria rolado essa recaída. Por quê qualquer pessoa que só têm rosto e corpo bonitinhos só são interessantes até o ponto dois, porque daí em diante se a pessoa não é legal, sabe conversar, é simpática, têm assunto e o melhor, não é cheia de "mimimi", cara ninguém sobrevive com alguém que parece uma porta. E você gatinha, além de bonita, gostosa. - Mostrei o dedo do meio pra ele. - Também amo você Júlia, mas enfim, além do externo todas as outras qualidades, tanto que superam seus defeitos de sofrer de paixonites por todos os outros caras, menos por mim.

- Grandes coisas Gabriel, quando eu tive paixonite por você, você pisou na bola.

- Então vamos bater um papo sério agora.

- Não vá me dizer que estavamos trocando figurinhas até agora Gabriel. - Revirei os olhos. Ele então me pegou pelas mãos, me fez virar e ficar de frente pra ele.

- Não, não estávamos. Mas agora vamos falar ainda mais sério, pode ser? - Dei de ombros. - Júlia o que você sente por mim.

Posso fazer uma lista?

O Fruto do Pecado - Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora