Capítulo 66: Tamanho família.

Start from the beginning
                                    

Ficamos ali alguns minutos talvez, recuperando o fôlego, era até engraçado que apesar da taquipnéia que estávamos elas eram rítmicas, estávamos finalmente em sintonia e aquilo era altamente reconfortante.

- Eu te amo Júlia. - Disse aninhando seu nariz no lobo da minha orelha.

- Eu te odeio. - Sorri.

- Sei bem como é esse ódio. - Sorriu de volta. - Vem, vamos tomar um banho. - Ele saiu de cima de mim e foi me puxando pelos braços. Parte de mim sabia da real necessidade daquele banho mas a outra estava torcendo pra se recuperar logo e ter um segundo round.

Pena que não tinhamos tempo.

- Tudo bem, tudo bem.

Tomamos um bom e longo banho, recheado de beijos e alguns carinhos mas nada tão intenso como os momentos de instantes atrás.

Depois do banho vesti novamente uma camisa sua em cima da minha lingerie e fomos tomar café da manhã.

Estava faminta!

- O que vai fazer hoje a tarde? - Perguntei.

- Não tinha pensando em nada. Por que?

- Não quer ir almoçar lá em casa com a gente? Vai ser legal!

- Tem certeza? - Arqueou minha sobrancelha.

- Ah qual foi Gabriel! Você sempre almoçou lá em casa, a diferença é que agora a gente transa e meu pai provavelmente vai querer te capar. - Dei de ombros.

- Isso é pra me convencer? Certeza? Não, por mim é de boa. Mas isso quer dizer que?

- Estamos namorando? É-não, quero dizer, não sei. Não precisamos rotular nada por enquanto não é mesmo?

- É não precisamos. - Ele veio pra perto de mim e ficou entre minhas pernas, enquanto eu o abraçava. - Pra mim o importante é estar com você, o resto é só conveniência.

- Não temos rótulo mas não tem dessa de ser comunitário não em. Eu quero ser a única na sua vidinha sexual aí.

- Idiota! E você é a única Júlia, vai ser sempre. - Ele então me beijou, agora um beijo calmo e carinhoso.

Nós então subimos até o quarto dele pra que ele pudesse trocar de roupa, enquanto eu dei um jeito de passar a minha porque não daria mais tempo de ir em casa pra me arrumar, então teria que ser a mesma roupa que usei no jantar de ontem.

Nesse meio tempo tive a curiosidade de olhar o meu celular e após ver algumas trezentas ligações do Pedro, me lembrei que não havia avisado que tinha chegado em casa.

Droga!

Resolvi então ligar pra ele, mas quem atendeu foi a maldita:

- O que você quer?

- Bom dia pra você também Carolina. Quero falar com o meu pai.

- Ele está dormindo. - Ouvi ele perguntando quem era.

Dormindo sei.

- Anda Carolina, passa o telefone pra ele. - Ela então o entregou o telefone. - Oi!

- O que aconteceu com você Júlia? Te liguei um milhão de vezes ontem.

- Desculpa! Eu acabei pegando no sono, estava exausta.

- Tudo bem. - Ele respirou fundo. - Eu só fiquei preocupado, até cogitei ir na casa dos seus pais pra ter notícias sua.

- Se você fizesse isso eles me matariam certamente hoje. - Sorri. - Mas está tudo bem, só não tive capacidade de ligar ontem.

- Tudo bem filha, desculpe qualquer coisa de ontem tá?

O Fruto do Pecado - Livro IIWhere stories live. Discover now