- Meu nome é dançarino casado – responde mostrando a aliança no dedo, deixando-a completamente sem graça – e esse aqui é meu filho.

Ele aponta para Ban impaciente em meu colo, querendo ir para o chão enquanto eu me aproximava. A pose de bêbada de mentirinha cai por terra e quando Park passa um braço sobre meus ombros ela sai pedindo desculpas. Aproveitamos nossa pequena trégua em público para ficar mais perto, mas o metadinha resolve chamar a atenção do pai de todas as formas até que Park Jimin o pegue das minhas garras trevosas.

- Toda vez que eu te vejo você está com uma camisa diferente – uma voz masculina se aproxima – e todas elas mostram seu gosto musical impecável.

O garoto sorri para mim. Parando na frente de nós três e eu imediatamente me lembro de seu rosto.

- Se você gosta dessas bandas de rock porque está num crew de hip hop? – pergunto franzindo o cenho.

- Eu gosto de tudo que é bom – dá de ombros – qual sua banda preferida?

Abro a boca para responder, começando a ficar empolgada, já que ele puxava um assunto que de cara me animava para socializar. Contudo, Park Jimin com o semblante fechado e irritadiço nos interrompe como sempre.

- Geun Suk, parece até que você faz de propósito só pra me irritar.

- O que? – pergunta inocente – o que eu fiz?

- Deixa de ser atirado pra cima da minha esposa! Vai atrás das suas groupies, vai.

Ele apenas ri divertido e balança a cabeça.

- Você sabe que eu sou assim com todo mundo hyung.

- Você é um péssimo dongsaeng, isso sim – mesmo com o tom descontraído de Geun Suk, Jimin permanece sério – sabe muito bem que eu não gosto.

- Park Jimin... – chamo sua atenção de cara fechada.

- Ásia Cecília Prado...

Arregalo os olhos e cruzo os braços sem acreditar que ele tinha me chamado pelo nome completo em publico.

- Acho que é minha hora de ir embora – o garoto comenta, percebendo a pequena tensão entre nós dois.

- Acho que é hora da gente ir também – respondemos juntos.

(...)

Daquela vez ele tinha conseguido me irritar de verdade. Ciumento bobo, idiota, precisava falar meu nome???? Inteiro? odiado????

- Seu pai não tem limites Park Ban Gwihan – comento terminando de vestir seu pijama e recebendo um resmungo como resposta – Você sabe muito bem que só pode me chamar de mãe, não é? Se sair a palavra "Ásia" da sua boca pra se dirigir a mim e não ao continente vai ficar de castigo – ele ri do jeito que eu falo – é bom te avisar desde bebê. E se seu pai começar a te incentivar e te ensinar a como me irritar de verdade, vai os dois pro castigo. Ele vai ver quem é que agüenta mais mesmo...

Assim que se vê livre de minhas mãos ele corre desengonçado pelo corredor e eu sabia que estava indo para o meu quarto então o sigo. Coloco-o em cima da cama grande de casal e deixo-o ficar pulando enquanto ficava sentada ao seu lado. Suas risadas eram altas e eu podia apostar que Park Jimin queria participar da brincadeira, mas lá estávamos nós, com bobeiras de novo.

Algumas coisas nunca mudam.

Depois de ficar cansado de tanto pular, o metadinha tomou uma mamadeira inteira e de barriga cheia acabou pegando no sono bem rápido. Minha intenção era fazê-lo dormir e levá-lo para sua cama, mas pelo jeito aquela aposta idiota duraria mais um dia – um record pessoal nosso – e eu não queria ficar sem um Park ali de novo. Apago a luz do quarto, deixo a televisão num volume bem baixo e dividindo o mesmo travesseiro tento pegar no sono com meu filho.

Depois de alguns minutos que ficamos em silêncio absoluto, sinto sua presença parado ao lado da cama, atrás de mim. Permaneço de olhos fechados, crente de que ele estava ali só pra checar se o Ban havia dormido bem, mas me pegando de surpresa Park Jimin se deita comigo e encaixa perfeitamente nossos corpos. Seu braço envolve a mim e ao metadinha e eu me aconchego ainda mais junto a si. Sentindo sua respiração gostosa em minha nuca, pego no sono com um sorrisinho bobo.

(...)

Diferente do que eu pensava, ao acordar no dia seguinte Park Jimin não estava na cama comigo. Ele achava que eu estava dormindo e não sabia que ele tinha passado a noite no quarto. E lá vamos nós mais um dia naquela coisa...

Nosso dia juntos gira em torno da rotina com o Ban. Ficamos juntos, cuidados dele, brincamos os três, conversamos normalmente, maaaaaas... nada de beijos, nada de abraços, nada de carinhos. E pra uma gótica trevosa aquilo não era nada demais. Só que eu era uma gótica trevosa casada com Park Jimin. Não dava, não pode!

Naquela noite ficamos sentados no sofá como sempre fazíamos depois de colocar o metadinha para dormir. Ele de um lado, eu do outro, assistindo algum filme que eu nem dava bola. Só ficava olhando-o de canto de olho, prestando atenção se ele chegaria perto ou não. Cruzando olhares vez ou outra, fingindo que não era nada. Até que eu me canso de fingir que estava prestando atenção e passo a olhar apenas para ele. Percebendo que estava sendo observado, seu olhar se volta para mim também. Nos estudamos por alguns segundos até Park Jimin abrir um sorriso largo e eu acabar rindo. Ele me puxa ao mesmo tempo em que eu o puxo e nossas bocas se encontram rapidamente, num beijo envolvente.

- Jahgi – me chama tomando fôlego – eu tava com saudade.

- Eu também – me ajeito sentada em seu colo, colocando uma perna de cada lado do seu corpo – quando é que a gente vai perder essa mania hein?

- Eu até que gosto – sorri, dando de ombros – é como se a gente tivesse se conhecendo ainda. Gosto de lembrar como a gente se conquistou. Gosto de pensar que ainda posso te conquistar mesmo depois de todo esse tempo.

- Você me conquista sempre – sussurro.

Deslizo minhas mãos por seus braços, subindo por seus ombros bem devagar, até alcançar sua nuca. Olhando-o nos olhos roço nossos narizes. Em seguida lhe dou vários selares. Meus lábios contornam seu maxilar bem moldado e paro ao alcançar sua orelha. Envolvo seu lóbulo com a língua e distribuo vários beijos sem pressa alguma. Meus dedos entrelaçam em seus cabelos, acariciando de uma forma relaxante, do jeito que eu sabia que ele gostava.

- Hmmm, jahgi... – suspira longamente envolvendo minha cintura – eu adoro quando a gente transa assim, sabia?

- Assim como? – pergunto baixinho, descendo os lábios por seu pescoço.

- Assim devagarzinho. Com você toda gostosa me cobrindo de carinho, suspirando o tempo todo, me enchendo de beijos, bem pertinho de mim – sobe uma das mãos pelas minhas costas, afagando – Eu fico louco sabia? Viciado em cada pedacinho seu.

Sorrio e respiro fundo contra sua pele, sentindo seu perfume, matando minha saudade.

- Acho que a gente nunca vai perder essa mania Park Jimin – ergo o rosto e volto a olhá-lo nos olhos – mania um do outro.

- Eu sei – afasta meu cabelo, repousando a mão na minha nuca – mas dessa vez quem ganhou a aposta fui eu.

- Que mentira!

Protesto por um segundo antes de ter outro beijo roubado.


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N/A: Desculpem a demora para atualizar, tive alguns problemas de saúde.

queria muito panfletar uma fanfic que acabei de começar a acompanhar.

https://www.wattpad.com/story/118669553-frenesi-jikook 

galera do Yaoi, vamos enaltecer Jikook nessa maravilha de fic ♥

E um aviso importante. TIPO IDEAL PERFEITO ESTÁ CHEGANDO AO FINAL =(

Tipo Ideal Perfeito - pjmKde žijí příběhy. Začni objevovat