Capítulo 18 - parte 2 (em revisão)

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O super-muscolin estava curioso com o que aconteceu. Aqueles invasores eram diferentes. Não agiam como alimento e também não eram iguais ao alimento menor. Ele lembrou-se da comunicação anterior, quando ainda era imperfeito e incompleto, sem muita compreensão dos acontecimentos externos. Algum tempo depois, recordou-se do nome da coisa, que disse ser Igor.

Por mais que transportasse o seu consciente de um lado para o outro, não o localizava, mas tinha a certeza de que ele ainda estava por perto. A sua preocupação aumentava porque, apesar de receber mais massa, ainda era fraco para enfrentar o que lhe acontecia. Como perdia massa lá fora com os constantes ataques, mandou que ficassem ali dentro. Ordenou que toda a massa deveria concentrar-se ali para poder se completar ainda mais, suspendendo os retornos para o mundo de origem e requisitando mais massa. Ele ansiava pela hora em que teria força suficiente e não faltava muito para ser um ultra-muscolin.

Quando isso acontecesse, esmagaria o invasor como o mosquito que era e então poderia retomar a tão desejada marcha pelo alimento, mas, agora, precisava de conter a ameaça e o grande perigo que ela representava por ser capaz de se ocultar bem debaixo do seu nariz.

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Morgana seguiu pelo primeiro corredor e os seus cálculos arredondados diziam que devia haver pelos menos cinquenta mil daqueles demônios ali. Só de lembrar isso, morria de medo do que poderia ocorrer caso o bracelete falhasse. Preocupada, pôs a mão nele, verificando se estava bem preso.

Entrou em várias cavernas menores, que estavam apinhadas de muscolins que faziam as mais diversas coisas. Eram atividades fora da sua compreensão e acabou concluindo que deviam ser alojamentos, na falta de melhor ideia. Terminou a revista daquela ala e passou para o corredor seguinte.

Daquela vez, encontrou o local onde fabricavam as armas primitivas e descobriu um bom estoque delas. Começou a pensar se valeria a pena jogar uma esfera de plasma ali e destruir tudo de uma vez, mas concluiu que não sabia os efeitos colaterais de uma ação dessas. A destruição da caverna poderia ser o seu fim e do pai, sem falar na amiga dele. Assim, contentou-se em registrar o lugar e continuou a sua procura.

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Igor seguiu o mesmo procedimento e, da mesma forma que a filha, encontrou vários corredores com cavernas cheias do que parecia ser alojamentos. Não localizou nada que lembrasse uma sala de comando e também a Caroline, mas sabia que o local era grande, então não se desesperou.

No final daquele corredor, bem mais longo que o usual e que descia bastante para o subsolo, descobriu que a temperatura baixava alguma coisa em torno de uns cinco graus. Quando o corredor fez uma súbita curva para a esquerda, deparou-se com uma porta primitiva.

Entrou e viu que estava em algum tipo de incubadora gigante com centenas de ovos cor de laranja. Ele partiu logo do princípio que o lugar exigia uma redução grande de temperatura, tendo sido escolhido por isso. Começou a caminhar por aquele salão de pedra, que era enorme, quando voltou a ouvir o grito mental.

– "O intruso penetrou no criador de massa e elevou a temperatura, atenção o intruso entrou no criador de massa. Entrar e destruir, mas cuidado com a temperatura."

– "Por que vocês nos atacam?" – perguntou Igor, projetando uma imagem mental o mais simples possível. – "Vão nos obrigar a destruir vocês."

– "Não atacamos" – foi a resposta, clara e imediata. – "Apenas pegamos alimento."

– "Nós somos seres inteligentes e não comida" – insistiu o mago, já irritado. Mandou uma imagem mental da Caroline e continuou. – "Onde está a prisioneira?"

O Mago e a Sacerdotisa de AvalonWhere stories live. Discover now