Capítulo 11 - parte 3 (em revisão)

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Eduarda movimentava o sabre com velocidade e destreza, matando pelo menos o seu vigésimo inimigo. Valdo até ria, porque nem sentia graça no que fazia. Sempre que desfechava um golpe em um, ele era transformado em pó, mas a amiga não compartilhava essa euforia e avisava-o sem parar para manter o foco e a concentração porque ele não era inatingível e muito menos indestrutível.

Já Gwydion fazia rasantes violentos onde despejava uma cortina de fogo nas criaturas. Nos flancos, o povo atacava, mas sem o mesmo efeito e sofrendo umas poucas baixas por conta da falta de habilidade como espadachins, ou treino.

Eduarda notou que dois deles cercaram Kenneth e ele foi perdendo os dons, tornando-se apático quando o tocaram. Gritou para que Valdo viesse ajudá-la a salvar o druida e ele correu para a amiga, mas Gwydion foi mais rápido e pegou um dos atacantes com as garras, levantando-o para o ar e deixando cair de uma grande altura. Valdo chutou o segundo que se desfez em poeira e gritou:

– Duda, isto nem tem graça. Olha, acho melhor mandar os teus amigos recuarem. Essas criaturas têm alguma coisa que interfere neles.

– Eu sei – gritou em resposta, enquanto trespassava mais um com o sabre. – Eu também sinto, mas acho que, como sou muito mais poderosa que eles, demora mais a fazer efeito. Só que, se toco nesses diabos, me dá logo um sono estranho.

– Olha – apontou para Gwenhwyar. – Aquele ali pegou a tua "irmã gêmea". Deixa que eu pego ele e manda o pessoal se afastar.

Eduarda acatou o conselho do amigo e mandou que recuassem. A batalha não estava fácil e começava a anoitecer, mas já tinham morto mais de sessenta daqueles demônios, só que ainda havia muitos. Irritada, Eduarda recuou correndo uns vinte metros e escolheu o canto onde não havia gente, mas que tinha uma concentração de uns vinte deles, muito próximos uns dos outros. Furiosa, chamou o amigo que entendeu as suas intenções. Valdo pôs a mão no seu ombro e Eduarda lançou uma esfera de plasma que provocou uma explosão violenta no inimigo. No local, ficou apenas uma cratera.

Dez segundos depois de mais uma rasante do dragão, as duzentas e poucas criaturas sobreviventes começaram a correr no seu jeito louco de volta para a floresta, indo para o sudoeste.

Debaixo dos brados de alegria da população, Gwydion pousou e Eduarda abraçou-o, alegre. Vitorioso, o trio virou-se para trás e sorriu para o povo, enquanto os sacerdotes juntavam-se a eles.

Encontraram dez feridos, seis bastante graves, e quatro mortos. Eduarda ajudou a tratar dos feridos e as sacerdotisas fizeram o serviço fúnebre dos outros.

Por motivos de praticidade, o dragão voltou à forma de pássaro, permanecendo sempre ao lado da amiga a quem fez votos de proteger enquanto ela e o marido vivessem.

Após, o povo reuniu-se na praça central e fez uma nova festividade pela vitória. Logo no início, quando os bardos começaram a tocar Gwenhwyar começou a ficar inquieta, com uma sensação de perda ou abandono, não saberia explicar. Olhou em volta, mas não viu nada de anormal à primeira vista. Depois, lembrou-se que desejava falar com a mãe sobre a troca do ceptro e, nesse momento a sensação desagradável tornou-se mais forte.

– Eduarda – Gwenhwyar aproximou-se, preocupada. – Eu não encontro a minha mãe em nenhum lugar. Você a viu, já que estavam próximas na batalha?

– Eu vi-a em um dos flancos, matando dois daqueles monstros pouco antes deles se retirarem. Isso foi perto da floresta, mas depois fiquei meio ocupada e não prestei mais atenção.

– Ai, minha Deusa – disse a sacerdotisa, aflita. – Não acredito que mal a reencontro e ela vai-se assim. Esta sensação ruim só pode estar relacionada à minha mãe...

O Mago e a Sacerdotisa de AvalonWhere stories live. Discover now