Capítulo 7 - parte 2 (em revisão)

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"Chegamos a Avalon sãos e salvos e com dois seres a mais porque nasceram crianças no caminho. Eu considerei a nossa marcha bem auspiciosa, uma vez que a única parte um pouco crítica foi conduzir todos eles em meio à névoa para a passagem que levava ao nosso novo lar.

Assim que alcançamos o outro lado, no norte de Avalon, senti algo estranho, um pequeno mal-estar, mas passou no dia seguinte. Indagando a todos, apenas os druidas e sacerdotisas sentiram isso. A praia onde nos encontrávamos era repleta de macieiras, apresentando-se bonita e tranquila assim que as brumas dissiparam. Quando nosso povo terminou de apreciar a beleza daquele lugar, recomeçamos a marcha para dentro da ilha. Eu permaneci caminhando com os aldeãos e Breno pegou um dos cavalos, afastando-se para fazer um reconhecimento rápido e de longo alcance. Durante o caminho para cá, nós arrumamos mais ouro e agora tínhamos vinte cavalos, algumas cabeças de gado e umas quantas cabras e galinhas, que retardaram a nossa viagem, mas seriam úteis no futuro. Eu tinha combinado com Breno que iriamos pelo caminho mais fácil de seguir, ao largo dos bosques pelo nordeste em direção ao sul. Disse que tivesse cuidado com o povo das florestas e procurasse não os atacar, se aparecessem. Ao anoitecer, Breno retornou e fez o seu relato:

Cavalguei vários quilômetros e encontrei um grande bosque, bem cerrado – começou por dizer. – Desmontei e cheguei a entrar nele, mas logo surgiu esse tal povo, por sinal muito estranhos.

Interessante – disse eu. – Eram pacíficos?

Sim e bem estranhos mesmo – continuou Breno, descrevendo-os. – Eles me cercaram e eu pensei que íamos batalhar, mas não me atacaram. Em vez disso, fizeram um gesto para que me retirasse do bosque e deixaram a entender que era território deles. Quando me retirei, não houve qualquer hostilidade, ou seja, são de paz.

Então não são humanos? – perguntei. – para que lugar devemos levar nosso povo?

Nem um pouco humanos, Morgana, a bela – respondeu Breno encolhendo os ombros. – As melhores localizações para o nosso povo são o leste e sudeste. Terras férteis, boa caça e muita água. Na orla do bosque do povo pequeno tem uma pradaria com um bom lugar para pasto e cultivo. Uns dois quilômetros para longe do litoral há um pequeno rio e acho um excelente lugar para erguer uma cidade.

Perfeito, ótimo trabalho – elogiei. – Seguiremos o teu caminho. E, por aqui no norte, faremos o templo sagrado e o templo das sacerdotisas. Criarei um bosque para isso.

O clima era muito bom e, em seis meses, nosso povo estava feliz com a sua aldeia, sem preocupações, com fartura e prosperidade. Como havia dito que faria, criei um pequeno bosque no norte e ergui os templos com os meus poderes, conforme o mapa a seguir.

Um dia cavalgava pela região sul, quando vi o bosque da gente pequena e desejei conhecê-los. Desci do cavalo e entrei por aquele emaranhado de árvores, muito juntas. Andei alguns minutos e cheguei a uma pequena clareira, sendo logo cercada por eles, que pareciam ameaçadores, apontando as estranhas armas. Como foi com Breno, não me atacaram. Mantive a postura firme e ergui a mão, criando um brilho branco intenso enquanto sorria. Não sei qual dos dois teve efeito, mas eles baixaram as armas e ficaram me olhando. Eu não sabia mais o que fazer, porque estavam quietos e temia que algum gesto fosse mal interpretado. Na verdade, eles pareciam aguardar alguém. Quando fiquei decidida a agir, senti uma coisa estranha até que me atinei que era uma voz fraca na minha mente e fiquei feliz por não ter feito nada.

'Salve, irmã maior.' – Foi a frase que ouvi e virei-me para o pequeno ser que a transmitiu. – 'Agradecemos a edução de ter compreendido o protocolo de espera.'

O Mago e a Sacerdotisa de AvalonKde žijí příběhy. Začni objevovat