Uma Obsessão Leve

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(...)

Quando soou o sinal do intervalo eu sai da sala feito um foguete sem nem pegar meu material, afim de procurar ela pelo corredor e ver onde ela ia parar naquele dia. Geralmente Ceci sempre se cercava de seus amigos que me odiavam ou me dava um perdido bonito, mas eu era um idiota que não desistia e hoje não ia ser diferente.

Consigo ver ela andando rapidamente entre as pessoas em direção ao refeitório, mas ao invés de seguir o fluxo ela sobe as escadas para o segundo andar. Yul e Mae não a acompanharam, mas outra pessoa sim.

So Yeon não ia dar sossego nunca? A gente nem se falava mais, o que ela ainda queria? Aquilo ia dar merda com certeza, então segui as duas. Cecília andava distraída até a biblioteca com o celular na mão e parecia falar sozinha alguma coisa que eu não conseguia entender. Antes de empurrar uma das grandes portas da biblioteca So Yeon chama a atenção dela. Eu fico parado atrás de um dos armários, ouvindo a conversa.

- Parece que as coisas voltaram ao normal não é? – Yeon pergunta irônica – Agora sim faz sentido.

Eu não podia ver o rosto da Cecília, mas podia imaginar sua expressão de tédio.

- Faz mesmo, todo o sentido. Por que mesmo sem mim ele ainda não quis você – ela ri e tenta entrar na biblioteca de novo.

- Pode ser qualquer uma, menos você. Sua estranha...

Mas que caralha... nunca imaginar que ela fizesse ou falasse essas coisas. Qual era o sentido daquilo?

- Pense como quiser, perdedora.

So Yeon abre a boca pra responder, mas Ceci finge que vai em sua direção, ameaçando bater nela que se encolhe e se afasta automaticamente.

- Você é engraçada garota – Cecília ri e entra na biblioteca em seguida, voltando a prestar atenção no celular.

É a minha gótica das trevas. Eu estava orgulhoso.

Antes de entrar na biblioteca também, passo pela Yeon com um sorriso de canto nos lábios, dando a entender que tinha ouvido tudo. Ela não cansava de se envergonhar, mas eu não estava interessado naquilo. Procuro Cecília com os olhos, aquele lugar tava cheio de nerds sentados nas mesas com as caras enfiadas nos livros. Ando pelas estantes e vou até uma parte mais vazia onde tinham mesas menores, ouvindo um cochicho que não parecia ser na minha língua. Quando a encontro ela estava de costas segurando algumas risadas e encarando o celular, pude ver sobre o seu ombro que estava em uma chamada. Facetime... com o brasileiro.

Ah não!

Sem pensar duas vezes me aproximo dela e tiro o celular da sua mão, encerrando a chamada sem falar nada.

- Ficou maluco Park Jimin? – me encara emburrada e tenta manter o tom de voz baixo.

- Fiquei – guardo o celular no meu bolso – E você agora não desgruda desses caras. Quando não é aquele magrelo é esse brasileiro.

- Não é da sua conta – fica de pé e estende a mão – Me devolve meu celular.

Seguro sua mão, a puxando pro meio das estantes mais afastadas e vazias, no ultimo corredor da biblioteca.

- O que você teve com esse cara durante essa viagem? – pergunto sem soltá-la.

- Já disse que não é dá sua conta.

Ela tentava se afastar, mas nem tanto assim.

- É sim... a gente ainda tava namorando, eu achava que você ainda era minha namorada.

Tipo Ideal Perfeito - pjmWhere stories live. Discover now