Banidos

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É impressionante como as tuas palavras cortam.
Pois elas cortam mais que a mais afiada arma.
E magoam tanto como uma tortura medieval.
É quase mágico como os teus olhos me fazem gelar.
É autêntica bruxaria no teu olhar.
Como um vento frio do Alasca. Capaz de calar a lava vulcânica no meu coração.
É incrível ver como és. Como realmente és.
Adoro olhar para ti, e ver essa muralha de arame farpado onde te escondes.
E esse jardim de espinhos por onde danças sem te cortar.
Nunca cheguei a entender o teu grande império.
E duvido que também tu sejas capaz de o entender.
Gosto precisamente, dessas correntes envoltas no teu peito. Sempre me perguntei..se sabias onde encontrar a chave.
Mas essa é apenas uma pergunta que ficará sem resposta.
Tal e qual a tua cabeça. Mais um dos sítios de onde fui banido.
E...sem contar..
Fui eu que te bani de mim.

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