Não me importo com câmeras | SSA Aaron Hotchner

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— Ele falou alguma coisa?

Rossi perguntou assim que Hotch saiu da sala reforçada e passou por várias grades que protegem a sala.

— Nada, ele não vai abrir a boca.

— Vamos ter que pensar em outra coisa.

Reid falou olhando a TV que estava mostrando as imagens das câmeras da sala que o unsub estava.

— Já temos outro plano.

Eles me olharam e Hotch começou a negar antes de eu começar a falar.

— Não, você não vai entrar naquela sala, (s/n).

— Por que não? Eu sou o tipo dele, se eu entrar lá ele vai abrir a boca, todos nós sabemos disso. Me deixar aqui fora é perda de tempo, Hotch.

— Te deixar aqui fora é de deixar segura.

— Aaron, eu estou segura, estamos em uma prisão e você vai estar comigo lá dentro.

— Hotch, ela tem razão, se ela entrar vamos ter mais chances.

Rossi falou concordando comigo, Hotch respirou fundo e olhou para o Unsub pela tv.

— Eu não posso...

Ele falou desviando o olhar para um canto vazio na sala.

— Sim, você pode. Hotch, olha para mim, quando a gente resolveu começar a namorar você me prometeu que isso não iria afetar o nosso trabalho, lembra disso? Esse é o momento de mostrar que a promessa foi verdadeira.

Ele pensou por alguns segundos e concordou.

— Tudo bem, você entra, mas se ele fizer qualquer coisa eu vou matar ele.

Eu sorri e nós fomos para a sala isolada da prisão.

— Senhor Hotchner, está querendo me agradar?

— Te agradar? Eu sabia que sou gata, mas não nesse nível.

Eu sorri e sentei na cadeira em frente do unsub, ele respirou fundo e sorriu.

— Você cheira como rosas.

— É o meu shampoo novo. Vamos começar?

Eu comecei a fazer perguntas que Hotch tinha feito antes e eu consegui respostas, mas não todas e longe de ter as que mais me interessavam.

— Você sabe, que até os guardas chegarem nessa sala em casa de alguma emergência é de no mínimo quinze minutos?

— Isso não foi o que perguntei.

— Eu sei, mas suas perguntas estão me entediando.

Ele se levantou do seu lugar e começou a andar pela sala.

— Senta.

Hotch falou, mas ele ignorou a ordem.

— Eu não estou afim.

Hotch se levantou também.

— Eu mandei se sentar.

— Você é sem graça, senhor Hotch, mas eu gosto de você, (s/n), você é legal.

O unsub falou dando alguns passos até mim, mas Hotch passou na minha frente.

— Eu mandei sentar.

— O que você vai fazer? Tem câmeras aqui, senhor Hotchner.

Hotch tirou o seu paletó e a sua gravata, extremamente nervoso.

— Eu não ligo pra câmeras.

Eu levantei e puxei o Hotch para trás.

— Hotch, não.

— Agora eu entendi, vocês estão juntinhos. Boa sorte ao casal.

Eu me virei nervosa para ele.

— Senta! — Ele se sentou sem pensar duas vezes. — Me fala a onde a última vítima está enterrada, antes que eu tire de você a força.

Ele me encarou um segundo e escreveu no papel o endereço do local.

— Você achou uma ótima futura esposa, agente Hotchner.

Ele falou me encarando.

— Estamos saindo!

Falei para a câmera, peguei as pastas em cima da mesa, Hotch pegou o seu paletó e sua gravata e nós saímos da sala. Assim que estávamos fora da visão do unsub eu respirei fundo.

— Você está bem?

Hotch perguntou e eu concordei.

— Você?

— Tudo certo, desculpa pelo que aconteceu lá dentro.

— Está tudo bem, você queria me proteger, eu te entendo.

Ele sorriu e me abraçou de lado.

— Você conseguiu as respostas, não deveria ter duvidado de você.

— Aprendi com o melhor.

Sorri e o abracei de volta.

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