Vizinho estranho | Chip | 68 Kill

52 3 0
                                    

Não faz muito tempo que esse cara, Chip, se mudou para a casa ao lado da minha, ele é um ótimo vizinho, não tenho o que reclamar. A única coisa estranha é que ninguém entra ou sai da casa dele, só ele. Ele é muito sozinho, eu sempre tento ficar amiga dele, mas falho na missão todas às vezes. O Chip é um cara gato, não sei como ele não tem uma namorada, ou ele tem e esconde ela no porão, o que é sempre uma possibilidade. Hoje eu estava chegando do trabalho e vi o Chip com várias caixas tentando colocá-las dentro de casa. Eu e minha cara de pau fomos ver se ele precisa de ajuda.

— Ei, Chip! Precisa de ajuda?

Por que toda vez que ele me vê parece que ele tem um mini ataque cardíaco? Eu sou tão ninja assim para sempre assustar ele? Ele olhou para as caixas, pensou um pouco e respirou fundo.

— Se não for muito incômodo.

— Não é.

Eu sorri, coloquei minha mochila em um canto e comecei a ajudar ele. As caixas estão relativamente pesadas, ele estava pensando em fazer isso sozinho? Uau. Quando colocamos a última caixa na dispensa nós respiramos fundo e ele me estendeu a minha mochila que ele tinha pegado lá fora, eu peguei, coloquei nas costas e sorri para ele que sorriu de volta.

— Obrigado por me ajudar.

— Não foi nada. - Eu me virei para ir embora, mas eu parei e me virei para ele. — Ei, posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Você me odeia?

— O quê? Não. Por quê?

— Porque eu meio que tenho tentado ter contato com você desde quando você se mudou e parece que você está me evitando, muito.

— Ah, isso. Me desculpa, não era a intenção.

— Então por que você faz isso?

— Eu tenho um histórico, longo, de mulheres na minha vida, nenhuma deu certo. Eu só mantenho distância de todas as mulheres ao meu redor, antes que acabei ficando louco.

— Isso é melhor que minha teoria.

— Qual sua teoria?

— Pensei que você tinha uma pessoa amarrada no seu porão.

— E você entra na casa de uma pessoa que você acha que tem alguém preso no porão?

Ele soltou uma risada tão gostosa que me deu vontade de rir junto. Eu concordei com a cabeça, realmente não é um movimento esperto.

— Faz sentindo, fui idiota, você não vai vender o meu rim, vai?

— Talvez, nunca se sabe.

Ele falou e fingiu uma risada maléfica de bruxa da Disney o que me fez rir da cara dele.

— Você é legal, Chip, devia fazer mais amizades.

Ele negou com a cabeça e respirou fundo.

— Melhor não.

— Por quê?

— Vai que eles descobrem que eu sou um assassino em massa reabilitado?

Ele riu e eu ri junto.

— Aí você teria que se mudar de novo, então não faça isso. Você é o melhor vizinho que eu já tive. O último era horrível, fazia festa todos os dias.

— O que aconteceu com ele?

— Eu enterrei ele no quintal. - Tentei ficar seria, mas acabei rindo. — Ele se mudou pra cidade dos pais dele.

O Chip concordou e sorriu.

— Obrigado por me achar um bom vizinho.

— Se precisar de qualquer coisa é só me chamar, açúcar, chá, um beijo, sal.

Ele riu e eu permaneci seria para ele entender que é verdade o que eu estou falando.

— Já que você ofereceu, acho que eu poderia usar um beijo agora.

Eu sorri e beijei ele. Talvez ele tenha alguém trancado no porão, mas que esse homem beija bem, ele beija.

IMAGINES MULTIFANDOMUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum