Verdadeiramente, loucamente, profundamente | Phil Coulson

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Não sei o que é mais inacreditável, eu estar trabalhando na S.H.I.E.L.D ou eu conhecer o Tony Stark, ou eu ter conseguido ficar caidinha em menos de mês por um cara que nunca me dará a mínima. Phil Coulson, o único fanboy do capicolé que tenho a paciência de aguentar do meu lado. Entrei aqui já aceitando que eu me apaixonaria pelo Thor ou pelo Tony, mas acabei nesse lugar que eu não sei como sair. Hoje passei o dia na sala evitando o Phil, funcionou bem melhor do que imaginei.

— Por que eu não vi esse rostinho lindo na torre dos vingadores hoje?

O Tony disse entrando na minha sala sem nem bater, o que posso dizer? O Tony da em cima de mim em toda a oportunidade que ele tem e olha que são muitas, eu acho engraçado e me sinto uma gostosona do caralho com o Tony dando em cima de mim.

— Porque estou evitando o Phil.

— O agente Coulson? Por quê? Não me diga uma vocês brigaram e eu perdi isso.

— Claro que não.

— Então?

— Não é nada, o que você quer?

— Bom, vim te chamar para tomarmos um café, já que você não está fazendo nada.

— Na verdade, Tony, eu estou fazendo coisas, sim, coisas super importantes que o Fury pediu.

— Ninguém liga pro Fury, vamos por favor, cinco minutos.

— Eu só vou aceitar porque preciso tomar um café.

Arrumei minha mesa, peguei meu celular e minha carteira, então descemos. O Tony me levou para uma cafeteria tão chique que fiquei desconfortável de estar ali, mas ignorei esse simples fato e fiquei ali com o Tony. É claro que não foram cinco minutos, depois de quase uma hora ele me arrastou para uma loja para pegar o terno dele para a festa dessa noite.

— (s/n), você não quer vir para a festa?

Ele me olhou através do espelho em que se olhava enquanto um tiozinho fazia os últimos ajustes no terno.

— Prefiro não, muitos heróis juntos me dão ansiedade.

— Isso ou você não quer esbarrar no Phil?

— Os dois?

Falei com um sorriso sem graça no rosto.

— O que aconteceu com vocês dois? Caralho, não me diz que você esta apaixonadinha pelo puxa saco do Capicole?

— Então eu não digo.

— Quem mal gosto (s/n), mas posso dar um jeito nisso se você for à festa.

— Não, nem pense nisso, Anthony Stark!

— Calma, eu não fiz nada ainda.

— E nem vai fazer, você vai pra sua festa e eu vou pra minha casa, fica quieto só dessa vez.

— Tá bom, que chatice.

Ele falou revirando os olhos, ele tem o espírito de um adolescente de 14 anos, depois que ele pegou o terno, Tony me deixou em casa e eu, como boa solteira, trabalhadora e mãe de plantas, peguei sorvete e fui ver série na TV. Tony me ligou algumas vezes tentando me convencer de ir na festa, mas depois desistiu. Tomei um banho para assistir mais séries, só que dessa vez na minha cama, eu terminei, vesti meu moletom quentinho, pronta para deitar, mas como nada são flores bateram na minha porta, eu com a certeza de que é o Tony, fui ao ódio abrir a porta.

— O que foi?

Eu disse irritadíssima, mas logo vi o Phil assim que abri a porta.

— Phil?

— Oi, estava esperando outra pessoa?

— A essa hora? Não, entra.

Dei espaço para ele entrar, fechei a porta atrás de mim e sentei no sofá e logo fui acompanhada pelo Phil.

— Desculpa eu vir essa hora, é que eu estava na casa do Tony e...

— Ele te mandou aqui?

— Não, por que ele faria isso?

— O Tony é pirado, nunca se sabe, continua.

— Bom, estava na casa do Tony e eu fiquei pensando algumas coisas e fiquei me perguntando porque você não havia ido, então vim saber.

— Você podia ter ligado. — Eu ri e ele me olhou vermelho de vergonha. — Mas tudo bem, eu gostei da sua visita, eu não fui porque o Tony vem me irritando muito esses dias.

— Espero que não tenha atrapalhado você.

— Claro que não, eu estava vendo série e nem era tão boa assim.

— Que ótimo, quero dizer, não é bom que a série seja ruim, ótimo é que...

— Eu entendi, relaxa, pretende voltar para a festa do Tony?

— Não está nos meus planos.

— Tenho algumas garrafas de vinho, aceita ver série ruim comigo?

— Se não for incomodar.

— Claro que não vai, a TV é sua, pode escolher, vou pegar o vinho.

Eu saí da sala e peguei o vinho e as taças. Uma hora estou evitando ele o dia todo, na outra convido ele para ver série na minha casa, (s/n) mulher, você tem que decidir a sua vida, essa indecisão não tá dando certo. Voltei para sala e me sentei ao lado dele novamente.

— O que escolheu?

— The Good Place, já assistiu?

— Não, coloca aí.

Ele deu play, eu abri o vinho e nos servi. A noite inteira foi isso, a gente amanheceu assistindo the good place e nenhum dos dois gostaram da série, a gente conversou mais do que assistimos, na verdade, mesmo, e sinceramente estávamos bem felizes de tanto vinho.

— Phil, posso te falar uma coisa? Se você não gostar pode...

— Fala, depois a gente descobre se gostei ou não.

— É o seguinte, vou ser bem direta, eu estou apaixonada por você, igual uma idiota.

— Olha...

— Você não gosta de mim, não é? Sabia, para que fui...

— Me escuta, eu também estou apaixonado por você igual um idiota, eu ia te falar isso quando cheguei, mas não consegui.

— Pera, o quê? Por que teve essa ideia?

— O Steve falou comigo que se você gosta tanto de alguém, você tem que lutar por isso.

— Jurei que havia sido por causa do Tony.

— Por quê?

— Falei para ele que gosto de você ontem a tarde.

O Phil riu e olhou pela janela por uns segundos.

— Sabe, devíamos ter feito isso antes.

— Confessar o nosso amor?

— Não, isso.

Ele falou e me beijou, eu acho que ele anda assistindo muitos filmes de romance.

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