Festa do pijama | Dr. Spencer Reid

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Depois de mais um caso solucionado fomos para a casa do Rossi para uma "comemoração", até agora eu não sei o motivo da comemoração, mas estou cem por cento dentro! Só estou dentro porque sei que o Rossi cozinha muito bem e eu amo comida. A casa do Rossi é muito bonita, limpa e organizada para um cara que mora sozinho.

— Mi casa, su casa, fiquem a vontade!

O Rossi disse abrindo a porta para a nossa entrada. Eu realmente quero entrar logo, porque está começando a chover e a moça do tempo disse que teria um temporal hoje a noite, péssimo dia para virmos aqui, mas eu ainda aceito, pela comida! Entramos e tomamos nossos lugares, Rossi foi direto para a cozinha que é daquelas conjugadas com a sala, Hotch e Morgan sentaram nos bancos altos da bancada, eu, Garcia e JJ sentamos no sofá maior, já Reid e Emily foram para o sofá menor.
Essa equipe é totalmente uma família, nossas brincadeiras são familiares e com toda certeza o Derek seria o tio do Pavê, só que mil vezes mais gato. É ótimo quando temos momentos como esse para brincar, respirar e apenas apreciarmos a companhia um do outro, por mais que ficamos juntos dias e dias nunca é em uma situação calma e relaxante.
Muita conversa e comida depois a chuva começou a cair de primeira nem tão forte, mas começou a aumentar muito rápido, não nego que amo chuva, mas essa está um pouco forte de mais. Em decorrência da chuva a luz começou a oscilar e a gente começou a se encarar como se isso fosse mudar alguma coisa.

— Gente, eu acho que... — Eu mal terminei minha frase e a luz caiu. — Esquece já caiu.

Todos levantamos em busca de luz, foi um ato em sincronia, porém totalmente involuntário.

— Rossi, onde tem lanternas?

O Hotch perguntou chegando no único lugar iluminado da casa, a cozinha onde o Derek estava com seu celular.

— Na gaveta ali.

Tenho certo pressentimento de que o Rossi apontou a onde estavam as lanternas, mas eu já não estava olhando mais eles, eu estava tentando achar a minha melhor fonte de luz, meu celular.

— Ótimo, perdi meu celular!

Disse tateando a superfície extremamente macia do sofá.

— Aqui, usa o meu.

Ouvi a voz do Reid atrás de mim e então uma luz surgiu direção ao sofá, não demorei mais de dez segundos para localizar meu celular naquele sofá enorme.

— Obrigada, meu herói!

Depositei um beijo na bochecha do Reid e liguei a minha lanterna também, peguei meu power bank na mochila e me sentei novamente no sofá.

— Será que vamos ficar muito tempo sem energia?

A Garcia disse certamente preocupada.

— Não precisa ficar com medo, eu te protejo, babygirl.

O Morgan disse para a Garcia que claramente deve ter ficado bem feliz com a resposta.

— Sei que vai, gatão.

— Pelo que o Will disse, a luz caiu na cidade inteira.

A JJ disse focada no seu telefone.

— A cidade deve estar um caos.

A Emily disse meio perdida, todos concordaram com isso, então o Rossi falou.

— Não acho uma boa ideia você irem embora hoje, se quiserem podem dormir aqui.

— Eu poderia dizer que não gostei da ideia, mas seria uma mentira, eu amei!

A Garcia disse como uma adolescente que dormiria na casa de seus amigos pela primeira vez.

— Nunca pensei que faria uma festa do pijama depois dos 15.

A JJ disse e todos rimos, porque realmente, há quanto tempo nós não fazíamos isso? Como estamos velhos. O Rossi nos avisou que claramente não tinha cama para todos nós, mas que há um quarto de visitas com uma cama de casal e o resto de nós teríamos que dormir na sala, nós concordamos e Rossi, Hotch, Reid e Morgan foram buscar as coisas. Quando eles voltaram concordaram em deixar duas das mulheres dormirem na cama no quarto de hóspedes, eu declinei da minha chance porque realmente não me importo com onde vou dormir, elas tiraram no Pedra, papel ou tesoura quem dormiria na cama, JJ e Garcia ganharam o lugar tão querido. Ficamos arrumando aquela bagunça de cobertores, travesseiros, almofadas e colchões por muito tempo, talvez porque paramos um pouco para uma briga de travesseiros, e se surpreenda, até o Hotch estava se divertindo com isso. Ficamos nos batendo como reais adolescentes, em uma das vezes em que o travesseiro me acertou eu caí para trás e adivinhe, em cima do Reid, todos estavam tão animados que nem perceberam o ocorrido.

— Desculpa, gatinho.

Juro que não era para ter saído gatinho, eu queria falar Reid, mas minha mente tem um problema sério em diferenciar o que penso do que eu falo. Eu fingi que nada aconteceu e me levantei.

— Desculpada.

O Reid disse jogando um travesseiro em mim. Continuamos isso por muito tempo, mas chegou uma hora que o braço de ninguém aguentava mais, então ficamos em arrumar para descansarmos. Depois de tudo pronto cada um foi para seu devido lugar se deitar e sua maioria dormir, devido à escuridão não pude definir quem estava acordado ou não. No meio da noite a chuva piorou muito e dessa vez começou a trovejar e relampear, o que me deixou realmente assustada, eu estava com medo, sim, não mentirei.

— (s/n)?

Ouvi a voz sonolenta do Reid vindo do sofá bem baixinha.

— Hm?

— O que tem de errado?

Ele perguntou e mais uma vez a sala se encheu com o som de um trovão e se iluminou com um relâmpago, e eu muito corajosa abracei a coberta com muita força.

— Está com medo dos trovões?

— Estupido, eu sei.

Respondi meio abafada pela coberta.

— Nenhum medo é estúpido, quer vir deitar comigo?

— Não quero incomodar.

— Se você se sentir melhor não vai incomodar.

O Reid é tão fofo, eu amo ele demais de todas as formas possíveis. Levantei sem acordar ninguém e deitei com o Reid, ele colocou sua coberta sobre mim e me abraçou, eu estava de frente para ele só para ficar de costas para as janelas, mas ele não me pareceu incomodado com a nossa aproximação exagerada e repentina. Spencer me passou uma segurança que nunca tinha sentido antes em um momento assim. Segundos depois outro trovão rugiu, mas ele foi tão alto que eu me assustei muito e para não gritar eu me agarrei ao Spencer, se estávamos perto antes, agora então nem se fala. Escondi meu rosto no peito do Reid que começou a fazer carinho no meu cabelo para me acalmar, e funcionou tanto que eu quase estava dormindo quando ouvi a voz do Reid novamente.

— Eu te amo.

Eu poderia fingir que não ouvi, mas eu nunca perderia essa oportunidade.

— Eu também te amo, gatinho.

Dei um selinho nele e voltei a minha posição inicial. Não sei qual foi a reação do Reid porque não muito tempo depois dormi, para valer dessa vez.

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